José Patriota, presidente da
Amupe e prefeito de Afogados da Ingazeira, juntamente com uma comitiva de
gestores de sete municípios pernambucanos, entre eles Cupira, Flores, Iguaracy,
Jurema, Orocó, Poção, Riacho das Almas, disseram que tentaram dialogar com
representantes do Banco do Brasil, sobre o fechamento em definitivo das
agências bancárias nas respectivas cidades por causa da onda de assaltos a
bancos que ocorreu no ano passado.
Ao todo são mais de 12 cidades atingidas pelo fechamento das agências.
Os prefeitos procuraram primeiramente a Associação para que ela os
representasse junto a diretoria do Banco do Brasil na primeira tentativa de
diálogo.
A maior reclamação dos gestores é o fato da população dessas cidades
estarem se dirigindo para outros municípios vizinhos para serem atendidos nas
agências, principalmente pessoas idosas e com alguma limitação física. “A
população não teve culpa dos assaltos, mas está pagando um preço alto com o
fechamento dos bancos nas suas cidades e ainda ocorre o enfrentamento no translado
onde são assaltos, acidentados, alguns até com morte”, disse Patriota.
Ministério público
Do Banco do Brasil, Patriota e comitiva foram ao Ministério Público e lá
recebidos pelo Procurador Geral de Justiça, Francisco Dirceu e Paulo Augusto
Oliveira, chefe de Gabinete. “Eles ouviram todas as queixas dos gestores e
deram um parecer favorável para os municípios”.
No final da conversa o Procurador Geral propôs dois encaminhamentos, um
diálogo direto entre Ministério Público, Amupe e prefeitos com a Superintendência
do Banco do Brasil em Brasília, para negociar um acordo e a reabertura das
agências no estado. Caso, não haja, aí se daria o segundo encaminhamento, a
abertura de uma ação conjunta dos municípios na Justiça contra o BB.
Defensoria Pública
A comitiva também foi até a Defensoria Pública do Estado, onde foram
recebidos pelo Defensor Público- Geral, Manoel Jerônimo de Melo Neto. Ele se
posicionou inteiramente a favor dos municípios atingidos pelo fechamento das
agências e se disponibilizou a tentar ajudar os gestores pela reabertura dos
Bancos, abrindo espaço para cada município entre com uma ação individual na
Justiça contra o Banco do Brasil.
Patriota expressou a insatisfação com a resposta do Banco do Brasil. “O
argumento não tem sustentação. A maior parte do tempo o banco argumenta que é
por causa da falta de segurança. No ano passado tivemos 75 assaltos ao banco do
Brasil, no Estado de Pernambuco este ano, tivemos cinco ocorrências de assalto
a agências, caiu 94%, logo não se sustenta o argumento de fechar agências por
conta dos assaltos”, disse o presidente da AMUPE.
O prefeito de Iguaracy, José Torres Lopes, disse que muitas vezes ele tem
que mandar um carro da prefeitura levar as pessoas que necessitam de
atendimento nos bancos para a cidade vizinha, Afogados da Ingazeira.
“Só tínhamos a agência do Banco do Brasil. Depois da explosão ficamos na
expectativa da recuperação da agência, porém quando já estava 90% recuperada o
Banco comunicou que não iria mais reabrir a agência, as pessoas chegam nas
agências de Afogados da Ingazeira, 2h da manhã e muitas vezes às 14h, ainda não
foram atendidas, tudo por causa da superlotação na cidade.”, reclamou.
“Infelizmente não tivemos êxito na reabertura das nossas agências, em
virtude da superintendência aqui de Pernambuco não estar apta a informar sobre
o tema.”, disse o prefeito de Flores, Marconi Santana.
“Eles nos disseram que vão esperar a decisão de Brasília para nos dar uma
resposta, isso é algo insatisfatório, pois a população esperava uma resposta
imediata que era a reabertura das agências do Estado, mas infelizmente não
conseguimos êxito.”, disse, declarando-se decepcionado. (Via: Blog do Jamildo)
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