As chuvas deste início de ano em
quase todo o país podem trazer um alívio na conta de luz. Com os reservatórios mais cheios, o governo já começou a reduzir a
geração de energia das termelétricas, que é bem mais cara.
No Sudeste e no Centro-Oeste, onde estão as hidrelétricas mais
importantes, os reservatórios tiveram o pior nível no mês de dezembro desde
2014. Graças às chuvas dos últimos dias, eles começam a se recuperar. No
reservatório de Furnas, em Minas Gerais,
o volume de água passou de 9,67%, em novembro, para 11,38%, em dezembro, e
16,34%, em janeiro. Serra da Mesa, em Goiás,
também melhorou de novembro para cá. Hoje, o volume é quase o dobro. Sobradinho, o maior reservatório do
Nordeste, na Bahia, quase secou em novembro e agora
tem 11,44% da capacidade.
Com as chuvas, o uso de energia das termelétricas hoje é menos da metade
do que era usado em novembro. O especialista em mercado de energia Fernando
Umbria diz que a boa notícia de janeiro é que está chovendo onde é preciso
chover. "Choveu bem nas regiões em que nós temos, digamos assim, a caixa
d'água do setor elétrico, que é basicamente o estado de Minas Gerais, alguma
coisa de São Paulo. Então ali tem chovido de maneira bastante intensa e isso
tem ajudado muito na geração de energia do país”, explica.
A bandeira tarifária, que desde julho de 2017 era amarela ou vermelha,
voltou a ficar verde em janeiro. Quando a bandeira é verde, a tarifa de energia
elétrica não sofre nenhuma alteração. Com a bandeira amarela, o consumidor paga
R$ 1 a mais a cada 100 kWh consumidos. Na bandeira vermelha, existem dois
níveis. No primeiro, a conta tem um aumento de R$ 3 a cada 100 kWh consumidos.
No segundo, o consumidor paga R$ 5 a mais a cada 100 kWh.
Com a bandeira verde de janeiro, a expectativa é saber se ela vai
continuar assim em fevereiro. Quem define a cor da bandeira é Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel). O Operador Nacional do Sistema (ONS)
diz que, se continuar chovendo, certamente o consumidor vai sentir. “Se nós
continuarmos com esse período, esse ciclo favorável de chuvas, nós podemos
considerar que vamos ter bandeira verde ao longo do período chuvoso, o que
significa um alivio, de fato, nas tarifas e nos preços de energia”, diz o
diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata. (Via: G1)
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