Dez presos foram mortos na manhã
desta segunda-feira (29) durante uma rebelião na cadeia pública de Itapajé
(CE), a 125 quilômetros de Fortaleza, no Ceará.
O motim começou por volta das 8h30 (horário local), de acordo com a Polícia
Militar (PM), opondo detentos de facções rivais.
De acordo com o presidente do Conselho Penitenciário do
Estado do Ceará (Copen), Cláudio Justa, o conflito teria ligação com a chacina ocorrida
no sábado, na capital, quando catorze pessoas foram mortas a tiros numa casa de
forró, no bairro Cajazeiras.
De acordo com Justa, a rebelião
desta segunda já foi controlada. Para tanto, foi preciso pedir reforço policial
às cidades vizinhas, como Irauçuba, Uruburetama, Umirim e Itapipoca.
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) ainda não se
manifestou sobre o assunto. Apenas confirmou que houve o conflito, mas ainda
não revelou o número de mortos e feridos.
Na noite deste domingo, a situação da Segurança Pública no
Ceará foi motivo de troca de críticas públicas entre o governador, Camilo Santana (PT),
e o governo federal, representado pelo ministro da Justiça Torquato Jardim.
Após uma reunião com entidades do sistema de Justiça, Santana
cobrou “ações mais efetivas do governo federal em relação ao crime
organizado e ao tráfico de drogas” e atribuiu à ineficácia do governo federal
os problemas que o Ceará enfrenta com facções criminosas.
Em resposta, Torquato alfinetou o
petista, dizendo que a União faz seu papel “ainda que os governantes não
solicitem apoio por razões eminentemente políticas” e ofereceu ajuda do governo
federal, através da criação de uma força-tarefa para “subsidiar a segurança do
Estado de Ceará com investigação e informações de inteligência”.
Por enquanto deve ficar nisso: o ministro da Secretaria de
Governo, Carlos Marun (PMDB), afirmou que o governo vai dar “apoio”, mas não se
engajará em “uma ação direta” neste momento. (Via: Estadão)
Blog: O Povo com a Notícia