Três oficiais da Polícia Militar
foram denunciados pelo Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE)
mais uma vez nessa última terça-feira (30), no âmbito da Operação Torrentes. As
acusações são de dispensa indevida de licitação e peculato, crimes em que
já são alvos em outra denúncia. Os PMs supostamente desviaram, segundo o MPF,
R$ 82,5 mil, valor que, corrigido, equivale a um dano de quase R$ 160 mil aos
cofres públicos.
Foram denunciados os tenentes-coronéis Laurinaldo Félix Nascimento,
coordenador administrativo da Secretaria da Casa Militar até a operação,
deflagrada em novembro do ano passado, e Roberto Gomes de Melo Filho, que
exercia o cargo de Nascimento em 2011. Além deles, o coronel aposentado
Waldemir José Vasconcelos de Araújo.
Além deles, foram denunciados os
empresários Ricardo José Carício Padilha, Rafaela Carrazone Padilha, Italo
Henrique Silva Jaques e Taciana Santos Costa. Os quatro estão à frente
da FJW, empresa supostamente favorecida em contratos da pasta para
socorrer as vítimas das enchentes de 2011 na Mata Sul. A empresa é conhecida
por ter vencido a licitação da venda de bolos de rolo no aeroporto do Recife.
De acordo com o MPF, o acordo foi para a locação de banheiros
químicos e cabines com chuveiro, mas as formalidades de dispensa de licitação
não teriam sido observadas. O Ministério Público afirma que, para garantir a
contratação, teriam sido usados documentos ideologicamente falsos e simulação
de procedimentos.
Caso condenados, segundo o MPF, os denunciados estarão sujeitos a penas
privativas de liberdade que, somadas, podem atingir de quatro a 17 anos de
prisão para cada denunciado, além de pagamento de multa, do dever de ressarcir
os danos e perda dos cargos públicos ou cassação das aposentadorias, no caso
dos oficiais. (Via: Blog do Jamildo)
Blog: O Povo com a Notícia