Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (08) pelo Instituto
Datafolha revelou que o apoio da população à aplicação da pena de morte no
Brasil cresceu nos últimos nove anos. Segundo o último levantamento, 57% dos
entrevistados se disseram favoráveis à adoção da punição, enquanto em 2008,
eram 47%. Mais de 2.765 brasileiros, de 192 municípios, foram entrevistados nos
dias 29 e 30 de novembro do ano passado.
De acordo com o levantamento, o resultado da pesquisa corresponde a um
recorde numérico desde que o estudo passou a ser realizado pelo Datafolha, no
ano de 1991. No entanto, em percentuais, empata na margem de erro, com 1993 e
2007, quando 55% dos entrevistados se disseram favoráveis à punição.
Somente em período de guerra declarada a pena de morte poderá ser
aplicada, como está prevista no inciso 47 do artigo 5º da Constituição. A
última em que o país entrou foi a Segunda Guerra Mundial.
Dados: 39% da
população se disseram contrários à punição, 1% se declarou indiferente e outros
3% não souberam responder.
Segundo o
levantamento, cresceu o apoio à pena de morte entre os mais pobres. Entre os
que têm renda mensal de até cinco salários mínimos (R$ 4.770), o apoio é de
58%. Já entre quem ganha na faixa dos cinco a dez salários (R$ 9.540), 51% se disse
a favor dessa punição. Já na parcela mais rica, 42% concorda com a pena de
morte.
As mulheres
apoiam menos a punição capital. Elas são 54%, ante 60% dos homens. Com relação
à idade, a faixa etária que mais apoia a execução de condenados é a de 25 a 34
anos, em que 61% se disseram favoráveis à proposta.
Quanto à
religiosidade, os ateus são o grupo que menos apoia a pena de morte, sendo que
46% se declararam favoráveis. Entre os evangélicos, 50% são favoráveis, contra
45% contrários (4% não souberam responder e 1% se disse indiferente). Os
católicos são o que mais defendem a punição: 63% são favoráveis, ante 34%
contrários. (Via: Folha de S. Paulo)
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