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sábado, 23 de novembro de 2019

A vidraça do deputado João Campos


Com pouco mais de um ano desde que foi eleito o deputado federal mais votado de Pernambuco, com 460.387 votos, João Campos (PSB) tem experimentado os sabores e dissabores de tentar seguir o legado do pai, o ex-governador Eduardo Campos, e do avô, Miguel Arraes. Estreante na política e, agora, cotado para disputar a Prefeitura do Recife nas eleições do ano que vem, a atuação parlamentar do socialista vem sendo alvo constante de ataques. Os mais recentes foram proferidos pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), nesta sexta-feira (22). Em entrevista ao programa Resenha Política, da TV JC, o também estreante na Câmara Federal disse que João era “despachante de luxo no Palácio do Planalto”.

“Ele (João) é um cara que entrou com uma expressão nacional e hoje é alguém de pauta local, que não mais faz parte do debate nacional”, disparou o líder do Movimento Brasil Livre (MBL). 

Kataguiri veio ao Recife veio ao Recife para o lançamento do seu livro “Como um grupo de desajustados derrubou a presidente: MBL – A origem”. 

Campos foi criticado por não ter “um debate aprofundado” e se ater a pautas locais. “Eu não vejo nenhuma marca no mandato dele que justifique ele sendo um deputado federal”, disse o parlamentar. Segundo o líder do MBL, João faz a ‘velha política’, como negociação de emendas e reverter recurso na Lei Orçamentária junto às prefeituras. “Eu vejo muito mais essa questão do que o trabalho de um deputado federal, que é fazer leis, debater leis, nem que seja para rejeitá-las. Manipulação de orçamento é uma coisa que qualquer deputado de baixo clero faz”, criticou.

Ainda na opinião de Kataguiri, João Campos “não faz mais parte do debate nacional” e não é lembrado pelos outros parlamentares ou questionado. “Ninguém pede a opinião dele por causa de uma posição esvaziada e que voltou seus esforços para repasses do governo Federal para prefeituras. Para mim, não é trabalho de um parlamentar. É trabalho de um despachante de luxo do Planalto que está aqui para fazer a intermediação entre o prefeito e o ministério”, concluiu.

João Campos se posicionou sobre as críticas através de nota. “As críticas infundadas vêm do deputado Kim, um representante do movimento que ajudou a trazer ao Brasil uma das fases mais negativas da nossa história, onde direitos sociais são retirados a cada dia. Quando eu sou criticado por figuras como essa, que só sabem fazer a política do ódio, sinto que estou no caminho certo. Vou seguir trabalhando por Pernambuco, debatendo ideias e construindo pontes”, afirmou.

Recentemente, João recebeu críticas do vereador do Recife Jaime Asfora (sem partido), do deputado estadual Alberto Feitosa (SD) e do ex-ministro da Educação Mendonça Filho, que é do mesmo partido do deputado Kim Kataguiri, o DEM. 

Durante evento em homenagem do setor sucroalcooleiro do Estado ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Recife, no início do mês, Mendonça fez duas críticas a então proposta de João Campos de instalar uma CPI do óleo na Câmara, para apurar o vazamento de petróleo que atinge praias do litoral nordestino. Na ocasião, Mendonça – que também é cotado para disputar a Prefeitura do Recife – classificou a iniciativa de uma “infantilidade” e consequência da “inexperiência” parlamentar do socialista. 

Ainda sobre o óleo, Alberto Feitosa chegou a dizer que a CPI era “alarmismo”. Na época, João considerou que as críticas eram um “equívoco”. Dias depois, Maia autorizou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. 

Mais recentemente, em artigo enviado ao Blog de Jamildo, Jayme Asfora falou dos motivos para João Campos não ser o próximo prefeito do Recife. O texto, intitulado “Precisamos falar sobre o Recife. E porque João Campos não deve ser prefeito”, o vereador inicia falando não ter nada contra o “filho do ex-governador Eduardo Campos”, mas ressaltou que “o futuro é tudo o que João pode prometer”, criticando o fato do deputado não ter histórico na política. 

Ainda no artigo, Asfora atacou o PSB, afirmando que lançar para prefeitura “alguém cuja única virtude comprovada é sua herança genética” soa como um ato “desesperado”. As informações são do Jornal do Commercio.

Blog: O Povo com a Notícia