O presidente
da República, Jair Bolsonaro, lançou na manhã desta segunda-feira (3), a pedra
fundamental no local onde será construído o futuro Colégio Militar em São
Paulo, no antigo Centro Logístico da Aeronáutica, no Campo de Marte, na Zona
Norte. A unidade da capital paulista será a 14ª do país.
Durante seus discursos, Bolsonaro aproveitou para criticar os
governadores do Nordeste que recusaram a criação de colégios cívicos-militares
em seus estados.
"Não existe momento mais gratificante do que este, do
que lançarmos uma pedra fundamental para a feitura de uma escola
comprovadamente de qualidade. Seria ironia, mas é uma grande verdade,
conversando com o ministro Weintraub há pouco sobre as notas do Brasil na prova
do Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes]. O Brasil chegou a
uma situação na Educação que não pode ser ultrapassada por mais ninguém, porque
já estamos no último lugar", afirmou o presidente.
"Por isso, oito dos nove governadores do Nordeste não
aceitaram a escola cívico-militar. Para eles, a escola vai muito bem, formando
militantes e desinformando lamentavelmente. Aqui no Sudeste tivemos dois
governadores que não aceitaram, a questão político-partidária não pode estar à
frente da necessidade de um país. Um jovem bem formado será útil para si, para
sua família e para seu país no futuro, é isso que nós queremos”, completou.
No entanto, o que o presidente falou não retrata a realidade.
O Brasil não foi o último colocado no ranking do Pisa. O resultado aponta
ligeiro aumento da nota média, mas os estudantes brasileiros seguem entre os
últimos 10 colocados na prova de matemática. Na prova de leitura, o Brasil
ficou na 57ª posição de 77 países participantes. Na avaliação de matemática, o
país ficou na 58º posição e na 53º posição em ciências. Esses valores são
usados como referência de educação de qualidade pelo Brasil e demais países.
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