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A Secretaria Estadual de Saúde
informou, por meio de nota, que já recebeu a notificação de 23 pessoas que
afirmaram ter sido furadas por agulhas durante as festas de Carnaval realizadas
no Recife e em Olinda. Os registros ocorreram entre os dias 15 e 22 de
fevereiro. Deste total, 21 deram entrada no Hospital Correia Picanço, sendo que
12 foram apenas no último sábado (22).
O comunicado da secretaria não
considera os cinco casos registrados no Correia Picanço na manhã deste domingo
(23). Com essas notificações, já seriam, portanto, 28 vítimas de agressões por
agulhadas.
Os pacientes foram admitidos no hospital, que é referência estadual em
doenças infecto-contagiosas, e, após triagem, 20 realizaram a profilaxia
pós-exposição (PeP) para prevenir a infecção pelo HIV e outras infecções. Dos
23 casos, 15 são do sexo feminino e 8 masculino.
Os demais, ou se recusaram a fazer o teste
rápido (pré-requisito para o uso da medicação), e, consequentemente, o
tratamento, ou já tinham passado da janela de 72 horas preconizadas para início
da medicação. Todos foram liberados após avaliação médica, com a orientação de
retorno após 30 dias para conclusão do tratamento.
De acordo com a secretaria, todos
os pacientes foram orientados a realizar o monitoramento de possíveis infecções
no Serviço de Atenção Especializada (SAE) do próprio Correia Picanço, ou nos
municípios de residência dos paciente. "É importante ressaltar que os
índices de transmissão por meio de picadas com agulhas infectadas são
considerados baixos, em média 0,3% para HIV", ressalta a nota.
Em 2019, 300 pessoas deram entrada no Hospital Correia Picanço alegando
terem sido furadas por seringas durante os festejos de Momo. A Secretaria
Estadual de Saúde destaca que não houve casos positivos de contaminação entre
as vítimas atacadas no ano passado.
SEGURANÇA
A Polícia Civil de Pernambuco informa que recebeu, neste Carnaval,
denúncias de 12 pessoas relatando terem sido picadas ou sentido pontadas
causadas por algum tipo de objeto perfurocortante. Dez denúncias foram feitas
ontem (22) e duas, neste domingo (23).
Um inquérito foi instaurado para apurar os fatos. A Polícia Civil fez
questão de alertar para o cuidado no trato do tema, para não causar pânico
desnecessário na população. No ano passado, dos casos relatados ao Hospital
Correia Picanço, apenas duas pessoas se prontificaram a prestar depoimentos à
polícia. "Retratos falados foram feitos, diligências, análise de imagens,
mas os inquéritos não identificaram suspeitos devido à ausência de elementos,
assim como uma possível motivação para essas ações", informa a nota
encaminhada à imprensa.
Durante o Carnaval, a Polícia Civil montou uma posto de atendimento 24h no
Hospital Correia Picanço. A unidade conta com equipes formadas por delegados,
escrivães, agentes e peritos papiloscopistas, para colher depoimentos, fazer as
perícias, diligências e buscar imagens das câmeras de videomonitoramento com o
objetivo de identificar e capturar suspeitos dessa prática. (Via: Jc Online)
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