Responsáveis por provocar
confusões generalizadas e causar medo nas ruas, as torcidas organizadas serão
extintas em Pernambuco. A decisão foi tomada, em consenso, durante uma reunião,
a portas fechadas, na tarde dessa terça-feira (11). Participaram do encontro o
procurador-geral de Justiça do Estado, Francisco Dirceu Barros,
o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, e o promotor do Torcedor,
José Bispo de Melo.
“Há um clamor social na extinção das torcidas organizadas. Precisamos
fazer um trabalho em que o torcedor possa levar sua família ao estádio sem
qualquer perigo maior de violência. O Ministério Público fará um estudo dentro
do Estatuto do Torcedor, em conformidade com o que seja possível dentro da lei,
para que seja possível extinguir as torcidas organizadas”, afirmou Melo. O MPPE
não deu prazo para a conclusão do estudo.
A reunião aconteceu oito dias após membros da Torcida Jovem, do Sport, provocarem tumulto
no Largo de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, área central do Recife, onde
acontecia uma comemoração dos 106 anos de fundação do Santa Cruz.
Houve correria e várias pessoas ficaram feridas no local. A Polícia Civil está
investigando o caso.
O secretário de Defesa Social,
Antônio de Pádua, disse que a atuação junto ao MPPE viabilizará o combate à
violência dentro e fora dos estádios. “O Estatuto do Torcedor, por exemplo,
determina que a prevenção da violência nos esportes compete não apenas ao poder
público, mas também a confederações, federações, clubes, associações ou
entidades esportivas, inclusive de seus respectivos dirigentes, bem como
daqueles que, de qualquer forma, promovem, organizam, coordenam ou participam
dos eventos esportivos.”
“Há um consenso de que as torcidas organizadas, em Pernambuco, são uma
tragédia pré-anunciada. Resta-nos responder uma pergunta: nós vamos tomar
providências quando houver uma tragédia ou podemos agir por prevenção? O
problema é complexo e a solução envolve atitudes de várias instituições, neste
sentido, afirmo que o Ministério Público de Pernambuco tomará todas
providências legais cabíveis”, declarou o procurador-geral de Justiça,
Francisco Dirceu Barros. (Via: Ronda Jc)
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