A agência reguladora Food and
Drug Administration (FDA), em tradução livre, Administração de Alimentos e
Medicamentos, revogou nesta segunda-feira (15) a liberação de emergência da
cloroquina e da hidroxicloriquina como tratamento contra a covid-19 [doença
causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2)]. O
documento é assinado por Denise M. Hinton, cientista-chefe da
agência norte-americana.
O órgão, que atua como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), concluiu que "não é mais razoável acreditar que as formulações
orais de hidroxicloroquina e de cloroquina podem ser eficazes".
"Nem é razoável acreditar que os fatores conhecidos e os potenciais
benefícios desses produtos superem seus riscos conhecidos e potenciais. Por
conseguinte, a FDA revoga o uso emergencial de hidroxicloroquina e cloroquina
nos EUA para tratar Covid-19",complementa a FDA no documento.
A agência havia liberado em 28 de março o uso do medicamento para
pacientes com casos graves da covid-19 e internados em hospitais. Em sua nova
posição, a FDA explica que tomou a decisão baseada em novas informações e novos
dados de grandes estudos.
A
revogação da FDA lista alguns critérios que levaram à suspensão do uso:
A FDA diz
acreditar que as dosagens para hidroxicloroquina não têm um efeito
antiviral;
Estudos
anteriores sobre a diminuição do vírus com o tratamento da hidroxicloroquina e
cloroquina não foram consistentemente confirmados, e uma pesquisa recente
randomizada indicou que não há diferença e eficiência no uso contra o
SARS-COV-2;
As
diretrizes médicas dos EUA não recomendam o tratamento com as substâncias e o
National Institutes of Health (NIH), em tradução livre, Instituto Nacional de
Saúde dos Estados Unidos, não defende o uso fora de pesquisas clínicas.
No último dia 31 de maio, o governo norte-americano enviaram ao Brasil 2
milhões de doses de hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19. O uso do
remédio para tratar pacientes diagnosticados com o novo coronavírus é defendido
pelos presidentes Jair Bolsonaro (sem partido) e por Donald Trump.
No Brasil, o Ministério da Saúde ampliou em 20 de maio o uso do
medicamento para pacientes com sintomas leves da covid-19. Até então, a
determinação era que a hidroxicloroquina fosse utilizada em pacientas com
sintomas graves e críticos e que estavam sendo monitorados nos hospitais. (Via: Agência Brasil)
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