O presidente do Superior Tribunal
de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, disse durante uma transmissão ao vivo
que, hoje, no Brasil, “é melhor matar do que ser corrupto”. As informações são
do jornal Valor Econômico.
“A Lava-Jato parou com a corrupção? Não. Vai aumentar a pena vai parar a
corrupção? Não. Não podemos aumentar a pena e criar uma desproporcionalidade.
Hoje é melhor matar do que ser corrupto. Corrupção está dando 25, 26 anos [de
prisão]. Homicídio tem dado 12, 14, 16. Isso é um absurdo. Nós não estamos
balanceando os valores que pautam o sistema jurídico”, disse o ministro.
Segundo a publicação, Noronha também fez ressalvas à atuação do Ministério
Público e ao uso de prisões preventivas.
“Não é razoável que o Ministério Público fale como juiz e a defesa não
fale com o juiz. Não pode ter portas abertas para um e não para outro”, afirmou
o presidente do STJ.
Ainda durante a "live", Noronha defendeu que não é prisão
preventiva que combate a corrupção. “Se você olhar a quantidade de incidentes
que causam prisões cautelares desnecessárias. Quantidade de tempo perdido para
analisar os recursos, isso retarda os processos”, disse.
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