Os Ministérios Públicos do Rio
e de São Paulo deflagraram, na manhã desta quinta-feira (18), a operação Anjo,
e prenderam o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz em Atibaia, no interior
de São Paulo.
Além de Queiroz, a operação mira o servidor da Assembleia Legislativa do
Rio Matheus Azeredo Coutinho, os ex-funcionários da casa Luiza Paes Souza e
Alessandra Esteve Marins e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.
Queiroz estava no imóvel do advogado Fred Wassef, que defende Flávio
Bolsonaro.
Os mandados de busca e apreensão e de prisão foram expedidos pela Justiça
do Rio e a prisão foi feita em uma operação da Polícia Civil e do Ministério
Público de São Paulo.
Movimentação
de R$ 1,2 milhão em 2016 e 2017
Queiroz é investigado um suposto esquema de rachadinha na Assembleia
Legislativa do Rio na época em que Flávio era deputado estadual no estado
fluminense e por lavagem de dinheiro em transações imobiliárias com valores de
compra e venda fraudados.
Policial Militar aposentado, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta
de maneira considerada “atípica”, segundo relatório do antigo Conselho de
Atividades Financeiras (Coaf).
Promotores apontam indícios de que uma organização criminosa foi montada
no gabinete de Flávio, o 01 do presidente, para desviar dinheiro dos salários
dos funcionários, a chamada. O dinheiro teria sido lavado por meio da compra e
da venda de pelo menos 19 imóveis no Rio.
Em abril de 2019, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do seu
sigilo fiscal e bancário, do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e de outras 84
pessoas e 9 empresas entre 2007 e 2018.
As investigações envolvem um relatório do Coaf, que apontou operações
bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Alerj. Recursos usados
para pagar funcionários na Alerj voltavam para os próprios deputados estaduais.
A movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz ocorreu,
segundo as investigações, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017, incluindo
depósitos e saques.
Blog: O Povo com a Notícia