A Polícia Civil deflagrou, hoje,
uma operação nos estados da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito
Federais, em que prendeu três pessoas suspeitas de participarem de um esquema
fraudulento de venda de respiradores que seriam usados no combate à pandemia da
Covid-19.
Além das prisões, no Rio e em Brasília foram cumpridos 15 mandados de
busca e apreensão.
A ação foi desencadeada a partir de uma denúncia do Consórcio Nordeste,
bloco formado pelos estados nordestinos, que tentou adquirir respiradores com a
empresa HempCare, com sede em São Paulo, que se apresentava como revendedora de
equipamentos hospitalares.
O Consórcio negociou a compra de 300 respiradores e pagaram
antecipadamente o valor aproximadamente de R$ 48 milhões.
O contrato foi assinado no dia 8 de abril e os aparelhos deveriam ter sido
entregues entre os dias 23 a 23 de abril, no entanto, não foram concedidos o
que gerou um novo prazo que seria no dia 15 de maio.
O Consórcio fez diversas tentativas para reaver o dinheiro e recebeu
diversas promessas e novos prazos de entrega, que nunca foram cumpridos, com isso
o grupo decidiu acionar a polícia.
De acordo com as investigações, a empresa não tinha os respiradores que
tentou negociar com os vários setores do País, entre eles os Hospitais de
Campanha e Base do Exército, ambos de Brasília. Mais de 150 contas bancárias
vinculadas ao grupo foram bloqueadas pela Justiça.
Segundo a Folha de S. Paulo, cada equipamento custou R$ 160 mil. A Bahia
fez a compra no valor de R$ 9,6 milhões por 60 aparelhos. Já os outros estados
do Nordeste receberiam 30 respiradores cada.
A delegada Polícia Civil, Feranda Asfora, que comandou a operação disse
que só um equipamento foi apreendido durante a ação, e que o aparelho servia
apenas como mostruário para dar credibilidade ao negócio.
Blog: O Povo com a Notícia