O ex-craque Ronaldinho Gaúcho
está mais tempo preso no Paraguai do que esteve no Fluminense, seu último
clube, onde ficou por 80 dias. Há exatos 100 dias, começava a aventura dele e
do irmão, Roberto Assis, no país vizinho.
No dia 4 de março, eles desembarcaram no aeroporto Silvio Pettirossi, na
capital do país, e usaram passaportes falsos para passar pela imigração. Depois
de dois dias de longas audiências na Justiça paraguaia, os dois foram presos a
pedido do Ministério Público local, que os acusou de portar e utilizar
documentos falsos.
Em três meses de investigações, 14 pessoas foram indiciadas e um esquema
de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e produção de documentos falsos foi
revelado. Nenhuma outra ação foi formulada contra os irmãos, além daquela
pela qual eles foram detidos. Nenhum indício de crime por parte dos brasileiros
foi encontrado.
A defesa de Ronaldinho Gaúcho diz que a prisão é arbitrária e ilegal.
"O Ministério Público não tem nenhum elemento de prova para mantê-los
privados da liberdade. Temos convicção de que em breve a verdade
prevalecerá", disse Sérgio Queiroz.
O recurso que pede anulação da prisão preventiva pode durar até seis meses
para ser julgado. Ainda não há um prazo definido para data do julgamento da
apelação. A pandemia do coronavírus tornou mais lentos os processos, mas a
defesa do ex-craque confia que o resultado positivo deve sair em breve.
Blog: O Povo com a Notícia