O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira (17) que não cogita privatizar o Banco do Brasil. Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo comentou que o BB integra, junto com a Caixa Econômica Federal e a Casa da Moeda, as instituições geridas pelo governo que não serão repassadas à iniciativa privada.
Apesar de não ser 100% público — é constituído na forma de sociedade de economia mista —, o Banco do Brasil tem como sócio majoritário o governo federal, responsável por 50% das ações da instituição.
Bolsonaro comentou sobre o Banco do Brasil após o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que também participou da live, ter sido questionado se havia a necessidade de o Estado gerir três grandes bancos — além da Caixa e do Banco do Brasil, também faz parte do governo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Banco do Brasil e Caixa Econômica, no meu governo, não se cogita sua privatização. Assim como queriam privatizar a Casa da Moeda… No meu governo, só esses três (não serão privatizados)”, afirmou Bolsonaro.
Sobre a Casa da Moeda, o chefe do Palácio do Planalto explicou que não interferiu ao retirar a estatal da lista de privatizações do governo, em maio deste ano. “O pessoal fala em interferir. Exerci um direito meu, não é interferência, é um direito meu. Afinal de contas, se eu nomeio os ministros, no caso o Paulo Guedes dá posse aos presidentes de bancos estatais”, comentou.
Ele ainda disse que a instituição não deveria ser repassada à iniciativa privada devido aos tipos de documentos que produz. “Eu achei que não era o caso (privatizar), tendo em vista informações que tive de outros países que a privatizaram e, depois, voltaram atrás. Acho que o que a Casa da Moeda faz tem que ser uma questão de segurança nacional. Passaportes, emissão de dinheiro, moedas, entre tantas coisas mais”, observou.
Na sequência, Bolsonaro disse que concluir uma privatização não é fácil e reclamou que a imprensa tem criticado o governo injustamente pela demora na finalização de alguns processos.
“Qualquer privatização é demorada. Não justifica a mídia falar que estou segurando, que o governo está segurando as privatizações. Tem muita coisa que dá prejuízo, você tem que privatizar. Você até se entregar de graça para alguém é até vantajoso. Está dando prejuízo, sai perdendo todo o ano. Agora, também nós entendemos que tudo aquilo que a iniciativa privada pode fazer, a gente vai abrir mão disso aí. Esse é o nosso pensamento”, argumentou.
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