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O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou considerar natural o aumento de popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Nordeste e argumentou que a região “não é patrimônio de um partido político”.
Em entrevista à CNN Brasil, ele foi questionado se as políticas recentes, que miram a região, foram capazes de reverter em favor de Bolsonaro uma popularidade que tradicionalmente era confiada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT na região.
“O Nordeste não é nem nunca foi patrimônio de um partido político”, disse Marinho, argumentando que a questão é estrutural e que a intenção do governo Bolsonaro não é “continuar esse processo de dependência” e sim “emancipar a região”.
Sem citar o auxílio emergencial, ele coloca um projeto do seu ministério como o responsável por essa “emancipação”.
“O Nordeste é uma região que historicamente é acometida por um fenômeno climático, que é a seca, em função da sua posição geográfica, que está no semiárido do nosso país”, argumenta.
“O que acontece é que o presidente Bolsonaro entendeu e tem essa convicção de que nós temos que ter políticas públicas de emancipação daquela região e que essa emancipação se dá através da segurança hídrica”.
Teto de gastos
O financiamento para obras de saneamento básico no Nordeste foi parte da controvérsia recente a respeito do teto dos gastos públicos.
Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais realizadas em agosto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que ‘a ideia de furar o teto existe’ e citou um argumento de que obras para saneamento estariam relacionadas com a saúde e, portanto poderiam estar inseridas nos gastos extraordinários com a pandemia.
O presidente também citou, na mesma oportunidade, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, era contra essa ideia. “O Paulo Guedes fala que está sinalizando para a economia que está furando o teto, está dando um jeitinho”, afirmou.
Segundo Marinho, tanto ele quanto Guedes defendem um investimento majoritariamente privado e a aprovação de reformas que reduzam os custos obrigatórios e permitam a expansão dos gastos públicos.
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