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Dados
do Instituto para Redução de Riscos e Desastres de Pernambuco (IRRD), que faz
um acompanhamento detalhado dos números da Covid-19 em Pernambuco, mostram que
a taxa de contágio (Rt) pelo novo coronavírus voltou a subir no Estado.
Desde o último dia 26 de
agosto, quando foi registrado Rt de 0.86, esse índice apresenta um movimento
crescente. Nestsa quinta-feira (3), chegou a 1.26, registro mais alto desde o
dia 22 de maio, quando Pernambuco apresentava uma taxa de trasmissibilidade de
1.49. Desde então, os picos haviam ocorrido em 21 de junho (1.23) e nos dias 26
e 29 de julho (1.25 em ambos).
Segundo o IRRD, o mais adequado para
tentar obter algum controle em relação à epidemia seria trabalhar com um Rt
máximo de 0.70, índice jamais atingido pelo Estado desde os primeiros registros
da Covid-19, em março. Uma taxa de transmissibilidade acima de 1 é um
cenário considerado arriscado pelos estudiosos, uma vez que aumenta a projeção
do número de pessoas que podem ser contaminadas a partir de um
infectado.
Os gráficos de casos ativos do IRRD, com atualização até essa
quinta-feira, mostram que o Sertão ainda vive um momento de atenção, com
Salgueiro apresentando 584 casos ativos da Covid-19. Petrolina aparece com 334
casos ativos, enquanto Arcoverde e Araripina têm 246 e 158,
respectivamente.
No Agreste, Garanhuns é o município com maior número de casos ativos, 423.
Na quinta Gerência Regional de Saúde, à qual pertence Garanhuns, merecem
atenção ainda Bom Conselho, com 198 casos ativos; Capoeiras, com
175; Caetés, 142; e Lajedo, 127. Ainda no Agreste, Bezerros
lista 148 ativos e Caruaru, 143.
Na Região Metropolitana do
Recife, Paulista, com 444 casos ativos, é o município mais afetado no momento,
seguido de Camaragibe (270), Jaboatão dos Guararapes (234) e Goiana (202).
Recife, primeiro epicentro da Covid-19 no Estado, aparece com 158 casos ativos.
Já a vizinha Olinda tem 151 pacientes infectados, enquanto o Cabo de Santo
Agostinho apresenta 177.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), disse que
a taxa de transmissão "é bastante afetada pelo número de casos leves
detectados com a ampliação da oferta de testes rápidos (na maioria das vezes,
pacientes na fase pós-transmissão e já curados)”.
Destacou ainda que, "nas duas últimas semanas, o Estado vem
observando uma redução de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag),
óbitos e de solicitação da rede hospitalar em todas as quatro macrorregiões,
seguindo a tendência dos últimos meses”. Ressaltou, porém, que "esta
redução não ocorre de forma homogênea”.
A SES-PE garantiu ainda que os indicadores levados em conta para
determinar avanços, pausas ou retrocessos no Plano de Convivência com a
Covid-19 oferecem segurança às ações. Esses pilares são número de casos graves
da Covid-19, de internações em leitos de UTI e de óbitos em razão da
doença. (Via: Folha PE)
Blog: O Povo com a Notícia