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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Aras vai oficiar Paulo Guedes para pedir informações sobre offshore

O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai oficiar o ministro Paulo Guedes para ter mais informações sobre a offshore ativa do titular da Economia e eventuais investimentos no exterior durante o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O caso foi revelado pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, na sigla em inglês), que contou com a colaboração de veículos brasileiros.

"O PGR fará, como de praxe, uma averiguação preliminar. Vamos ouvir algumas pessoas e requisitar documentos. Depois é que vamos fazer um juízo de valor se é necessário pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal, que é o foro para quando há ministros de Estado citados. [...] A primeira pessoa a ser ouvida será o ministro Paulo Guedes, que será oficiado e poderá com tranquilidade enviar todos os esclarecimentos. Podemos também oficiar órgãos de controle. Mas não faremos nenhum juízo de valor antes disso”, disse Augusto Aras ao Poder360.

De acordo com a investigação, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também manteve offshores mesmo após assumir o cargo em 2019. Ambos afirmam terem declarado à Receita Federal, porém, há sinais concretos de que o banqueiro respeitos as normas vigentes, enquanto Guedes não quis declarar a respeito.

O ministro da Economia mantém sua empresa aberta, mas não respondeu ao Poder360 de maneira direta se fez alguma movimentação, e, se fez, qual foi a natureza dessas operações. Já Campos Neto fechou uma de suas companhias 15 meses depois de ter assumido o comando do BC. O banqueiro afirma não ter feito também nenhuma remessa de recursos nem investimentos com os recursos lá depositados. 

Oposição

Congressistas de oposição ao governo Bolsonaro querem convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, para explicar se o economista fez investimentos na offshore que mantém em um paraíso fiscal, enquanto esteve à frente da pasta. As informações são do site Poder360, que revelou o caso em parceria com o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, na sigla em inglês).

Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição na Câmara dos Deputados, avaliou o caso como um escândalo e disse que deveria levar à queda de Guedes. O parlamentar movimentará a Casa para que ambos sejam convocados para dar mais explicações e entrará com representação no Ministério Público. 

“É um escândalo, é gravíssimo. Viola frontalmente o artigo 5º do Código de Conduta da Alta Administração Federal e, portanto, deveria levar à demissão do Ministro. Nós, da Oposição, vamos propor a convocação do Ministro e do presidente do Banco Central para prestar esclarecimentos à Câmara dos Deputados e entrar com representação no Ministério Público Federal (1a instância) por improbidade administrativa contra ambos".

Blog: O Povo com a Notícia