O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na manhã desta segunda-feira (25/10), durante entrevista à Rádio Caçula FM, de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, que a paciência do povo se esgotou em relação aos preços dos combustíveis.
“São problemas que não se
resolvem em 3 anos. Agora, o povo tá com a paciência lá em baixo, a paciência
dele praticamente se esgotou e vai para as críticas, das mais absurdas
possíveis. Lamento, peço a Deus que preservemos nosso maior bem, que ainda é a
liberdade”, disse o mandatário da República.
O chefe do Executivo nacional associou o aumento nos combustíveis à falta
de refinarias no país, que, segundo Bolsonaro, mesmo tendo só 13, precisam ser
vendidas. “Já vendemos duas refinarias, são 13, se não me engano, pretendemos
vender mais, mas vender com responsabilidade. O que a gente precisa aqui? Fazer
uma refinaria no Brasil, e nós não temos dinheiro para tal, se nós tivermos um
preço desajustado com o lá de fora, o capital externo ou interno não vai querer
fazer refinaria no Brasil”, assinalou.
O titular do Palácio do Planalto voltou a falar sobre uma possível
privatização da Petrobras. Apesar de ser defendida pelo ministro da Economia,
Paulo Guedes, é uma medida que Bolsonaro disse que não tomaria
quando começou seu governo.
“Eu não tenho problema nenhum em receber críticas, agora eu peço, por
favor, criticar com razão. Quando se fala em privatizar a Petrobras, isso
entrou no nosso radar, mas privatizar qualquer empresa não é como alguns
pensam, pegar a empresa e botar na prateleira e, amanhã, quem der mais leva
embora, é uma complicação enorme, ainda mais quando se fala em combustível”,
justificou o mandatário sobre a alternativa.
Na semana passada, no entanto,
o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, garantiu que não existe qualquer
estudo no governo federal sobre a privatização da Petrobras.
“O presidente não conversou isso comigo. Não tomei conhecimento desse
assunto, nem ouvi o que ele falou ou o que ele disse, e não há nenhum estudo no
âmbito do governo, do Ministério de Minas e Energia, em relação à privatização
da Petrobras”, disse o almirante, após participar de evento com a Frente
Parlamentar pelo Brasil Competitivo.
Na quinta-feira (21/10), durante sua live semanal, o presidente anunciou que
o Brasil “está na iminência de um novo
reajuste de combustível”. O chefe do Executivo admitiu, durante o evento
virtual, que gasolina e diesel “estão caros”, mas que vem mais por
aí.
A nova tabela de Preços Médios Ponderados ao Consumidor Final (PMPF) de
combustíveis, publicada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)
nesta segunda-feira (25/10), mostra que em 20 das 27 unidades da Federação o
valor médio da gasolina superará os R$ 6 a partir de 1º de novembro. (Via: Metrópoles)
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