A pandemia atingiu em cheio os planos de Roberto Medina, fundador do Rock in Rio, um dos principais festivais de música do mundo, que teve as edições do Rio e de Lisboa adiadas para 2022, impondo um involuntário período sabático ao empresário de 74 anos.
Isolado com a família em sua casa na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, Medina passou a ter mais tempo, quando costuma ter boas e novas ideias - e quase sempre as realiza.
Um dos projetos já saiu do papel, segundo disse em entrevista ao Valor: pela primeira vez desde que começou a fazer festivais (o primeiro Rock in Rio foi em 1985), Medina investirá em São Paulo. Medina desembolsou R$ 240 milhões para criar uma versão paulistana do Rock in Rio, o The Town, que vai ocorrer em setembro de 2023, no Autódromo de Interlagos.
Outro projeto ambicioso que ele citou durante a entrevista foi o de transformar a Floresta da Tijuca, na zona norte do Rio, num grande parque temático, nos moldes da Disney, mas com cara totalmente brasileira.
O empresário tem muitos motivos pra estar sorrindo à toa, já que o primeiro lote do Rock in Rio 2022, com 200 mil ingressos, foi vendido em uma hora e meia. Na entrevista, Medina relembrou o drama vivido na infância, quando seu pai, o também empresário Abraham Medina, foi preso e torturado pela ditadura militar. Ele diz não manter vínculos com o presidente Jair Bolsonaro, com quem colaborou, de forma breve, na campanha eleitoral. “A democracia é um valor inegociável para minha família”, destacou.
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