O novo ensino médio começa a a ser implantado em Pernambuco em 2022, assim como em todo o Brasil. As escolas públicas estaduais já começaram a se preparar para as mudanças, que começam com alunos do 1º ano e atingem todas as séries até 2024.
O projeto, que vale para a rede pública e
privada, prevê aumento da carga horária de quatro para cinco
horas diárias e uma maior autonomia para os alunos, que vão escolher disciplinas
complementares com as quais tenham mais afinidade.
Essa parte
do currículo que pode ser escolhida pelo jovem é chamada de itinerário formativo.
No estado, serão oferecidas 16
trilhas formativas nas áreas de conhecimento, além
das de formação técnica profissional.
Elas funcionam
como complementos às disciplinas básicas, como português e matemática, que são
obrigatórias nos três anos do ensino médio.
Um dos
itinerários no estado é “desenvolvimento social e sustentabilidade”, no qual o
estudante será estimulado a compreender e propor alternativas inovadoras para
problemas locais relacionados a meio ambiente e sociedade.
Também há
trilhas formativas de "comunicação, identidades e expressividades, línguas
e culturas de mundo", "tecnologias digitais", "saúde
coletiva e qualidade de vida" e "meio ambiente e sociedade",
entre outras (veja no infográfico abaixo).
Cada estado deve definir um leque
de opções dentro de cinco "guarda-chuvas" principais: linguagens,
matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico.
Um aluno do estado poderá, portanto, escolher uma trilha integrada, como
“possibilidades em rede e humanização dos espaços”, e usar nela 1.200 horas de
aula das 3.000 que terá ao longo dos três anos de ensino médio.
De acordo com
o governo, as escolas
estão escolhendo seus itinerários considerando
fatores como interesse dos estudantes e dos professores e quantidade de turmas
do ensino médio, entre outros. Os alunos poderão escolher as áreas do
conhecimento nas quais desejam se aprofundar e focar o aprendizado no projeto
de vida que têm.
Para trabalhar
tudo isso, é preciso que os professores estejam preparados. De acordo com a
Secretaria de Educação, a pandemia da Covid-19 não dificultou esse planejamento
e as formações dos docentes estão em andamento. No entanto, elas foram
adaptadas para o modelo online.
No estado, as
formações estão sendo realizadas com multiplicações, ou seja, alguns
professores recebem a formação das Gerências Regionais de Educação e repassam o
conhecimento para outros profissionais.
Outra
preocupação é a defasagem entre os alunos diante dos impactos da pandemia na
educação. Para reduzir e compensar isso, o governo informou que várias
estratégias têm sido realizadas com medidas como avaliação diagnóstica, reforço
escolar e monitoria, entre outras.
Uma das medidas que visa
contribuir é o programa de monitoria
lançado na quarta (13) pelo estado, junto com o concurso
com 3,5 mil vagas para a Secretaria de Educação.
Mudanças no ensino médio
Aprovado pelo Ministério da Educação em 2017, o novo ensino médio foi
criado a partir da Lei nº 13.415/2017 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio. As
redes de ensino tiveram quatro anos para se preparar até a estreia, marcada
para o início do ano que vem.
Na prática,
ele amplia o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas
anuais, além de trazer uma nova organização curricular que seja mais flexível e
contemple uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a oferta de diferentes
possibilidades de escolhas aos estudantes. (Via: G1 PE)
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