Apesar das queixas do presidente Jair Bolsonaro, a Petrobras informa que reajustará o preço do gás de botijão e da gasolina em 7% a partir deste sábado (9). Nos últimos 12 meses, a gasolina já acumula alta de quase 40% e o gás de cozinha, de 35%.
Os reajustes anunciados pela petrolífera valem somente nas refinarias. Ou seja, os aumentos podem ser maiores, pois têm os ganhos das distribuidoras e dos postos. Os consumidores devem preparar o bolso.
Nos postos do Distrito Federal, o litro da gasolina está sendo comercializada, em média, a R$ 6,659. Mas há estabelecimentos em que os preços se aproximam dos R$ 7. Porém, nesta semana, os postos promoveram mais um reajuste. Já o valor do gás de cozinha encosta nos R$ 125.
A gasolina e o gás de cozinha estão pesando muito no orçamento das famílias e puxando a inflação para cima. Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 1,16%, o maior para o mês desde 1994, início do Plano Real. Em 12 meses, a taxa alcança 10,25%.
A justificativa da Petrobras para mais um reajuste é a disparada do dólar e das cotações do petróleo no mercado internacional, que estão nos níveis mais elevados em três anos. O dólar está sendo vendido acima de R$ 5,50, refletindo as incertezas políticas no país. “Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento”, diz a empresa.
A estatal informa que o preço médio de venda do gás passará de R$ 3,60
para R$ 3,86 por kg, equivalente a R$ 50,15 por 13kg. No caso da gasolina, o
preço médio de venda passará de R$ 2,78 para R$ 2,98, refletindo reajuste médio
de R$ 0,20 por litro. No final de setembro, a Petrobras já havia reajustado o
diesel em 8,9%.
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