Se você acha que os preços dos produtos nos supermercados estão altos prepare-se: o preço da cesta básica vai aumentar 10%, devido a inflação que já atingiu os valores do combustível e energia. A avaliação sobre o aumento foi feita pelo economista Fábio Romão, da LCA Consultores, em entrevista à CNN neste sábado (23).
De acordo com Romão, a desaceleração na alta dos alimentos esperada para o último trimestre do ano não deve acontecer. “A inflação de alimentos em 12 meses está em 14,6%, e 16% em itens da cesta básica, e provavelmente vai desacelerar para próximo de 10% no fim do ano, o que é muito alto”, disse
“Esse alívio pensando em preço de commodities vai acontecer mais evidentemente só no ano que vem. No cenário doméstico, tem a questão do câmbio. Essa depreciação média de 30% ano passado não tem ajudado agora também”, completou o economista.
Aumento
O custo da cesta básica registrou aumento em setembro na comparação com agosto em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o levantamento divulgado há duas semanas, as maiores altas foram em Brasília (3,88%) Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). Em Salvador, o aumento foi de (R$ 478,86).
Entre os itens que puxaram as altas, está o açúcar, que teve aumento de preço, em setembro, em todas as capitais, sendo que as maiores altas foram em Belo Horizonte (11,96%), Vitória (11%), Brasília (9,58%) e Goiânia (9,15%). Segundo o Dieese, a falta de chuvas afetou a produção de cana-de-açúcar, reduzindo a oferta do produto.
O café subiu em 16 das 17 cidades pesquisadas, com as maiores elevações de preço em Goiânia (15,69%), Campo Grande (14,79%), Brasília (10,03%) e Natal (9%). O preço do produto tem aumentado devido a alta do dólar, favorecendo as exportações, e o clima desfavorável, com a geada ocorrida em julho.
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