De acordo com o estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 89% da população brasileira poderia ter um aumento no consumo, caso fosse aprovada uma reforma tributária combinada a uma devolução de impostos para um setor de faixa de renda. Entenda dados.
Estudo aponta que reforma tributária com cashback poderia aumentar renda da maioria dos brasileiros
Segundo o estudo "Como o cashback pode reduzir desigualdades no Brasil", a reforma tributária brasileira deveria incluir a devolução de impostos para 35% da população. Nessa proposta, 85% desse total beneficiado seria formado por pessoas com renda de até um salário mínimo. Em categorias que se sobrepõem, 72% seria formado por negros e 55% por moradores do Norte e Nordeste.
Seguindo esses direcionamento, os pesquisadores apontam que 89% da população teria um aumento no consumo, já que os impactos do cashback na Reforma Tributária seriam sentidos por famílias com renda mensal de até 15 salários mínimos (aproximadamente R$ 20 mil).
O estudo aponta que a capacidade aquisitiva de famílias com renda per capita de até um salário mínimo teria um aumento de 21%. A proposta para poder financiar essa proposta de cashback de impostos antigos seria de aumentar o novo imposto de bens e serviços em 0,4% e reduzir o desconto de alguns novos tributos.
Os cálculos apresentados pelos pesquisadores ainda apontam que mesmo sem a existência de cashback, que sofreria certa resistência no Congresso Nacional, as normas atuais da reforma tributária ainda dariam conta de aumentar o consumo geral em 3,2%, já que a redistribuição dos impostos vai deixar alguns produtos mais baratos.
O plano dos pesquisadores da UFMG é que o movimento Pra Ser Justo divulgue a proposta do documento nesta quarta-feira (20) em um evento do Congresso Nacional.
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