Uma operação da Polícia Civil interditou e multou 25 estabelecimentos clandestinos que fabricavam próteses dentárias no Recife. Além disso, 52 pessoas, entre trabalhadores e proprietários dos locais, foram levadas para a Delegacia do Consumidor (Decon) por exercício irregular da profissão e crime ambiental.
“Nesse primeiro momento foram [constatados] crime ambiental, pela má utilização de descarte de produtos tóxicos, e pelo exercício ilegal da profissão. Eles não tinham nenhum curso, nenhum certificado, nenhuma qualificação”, afirmou o delegado Hilton Lira, da Delegacia do Consumidor.
A Operação Planalto foi realizada na quinta-feira (28), no Edifício Brasília, localizado na Rua Siqueira Campos, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife. De acordo com a polícia, os estabelecimentos funcionavam em 15 andares do prédio.
Além da Polícia Civil, também participaram da operação equipes das seguintes instituições:
Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Instagram e Facebook.
Corpo de Bombeiros;
Programa de Orientação, Proteção e Defesa do Consumidor (Procon);
Secretaria de Controle Urbano do Recife (Secon);
Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa);
Neoenergia;
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea);
Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco (Cro/PE).
As pessoas levadas para a delegacia tiveram liberdade provisória concedida pela Justiça, mediante compromisso de comparecimento em juízo, segundo a polícia. Os nomes delas e dos estabelecimentos interditados e multados não foram divulgados, assim como os valores das multas aplicadas.
A Polícia Civil ainda vai investigar a possibilidade de o grupo ter envolvimento com outros crimes. “Eles vão responder ainda ao inquérito, a todo o processo judicial. Outros crimes ainda estão sendo investigados, como crime de sonegação fiscal, de concorrência desleal, até mesmo estelionato”, declarou o delegado.
A chefe de fiscalização do Conselho Regional de Odontologia, Juliana Couto, explicou que, além dos danos ambientais, as próteses clandestinas podem trazer riscos sérios para a saúde bucal da população. “Dependendo do material que foi feito e da qualidade técnica dessas próteses dentárias, elas podem ocasionar lesões na boca dos pacientes, que podem levar até a um câncer de boca”, disse.
Ela também contou que cabe ao cirurgião-dentista o procedimento de compra da prótese, sendo proibida a comercialização direta ao paciente. “A população tem que procurar um cirurgião-dentista legalmente habilitado, com registo no Conselho Regional de Odontologia, para que esse cirurgião proponha qual a melhor forma de tratamento e prótese indicada”, aconselhou Juliana Couto. (Via: G1 PE)
Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Instagram e Facebook.