O general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, alvo de um mandado de busca e apreensão conduzido pela Polícia Federal (PF), na manhã desta sexta-feira (29), já é um velho conhecido dos bolsonaristas.
Ridauto Fernandes é ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde e possui vínculo com o ex-ministro e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ). Ele foi diretor do Ministério da Saúde de julho de 2021 até o último dia do governo Bolsonaro.
No entanto, a ligação do general com o governo bolsonarista vai além das atividades políticas. Ridauto, que fazia parte de um seleto grupo militar altamente treinado em técnicas de sabotagem e incentivo a movimentos populares de insurgência, tem indícios de ligação com atos golpistas.
No dia dos ataques promovidos por bolsonaristas na capital federal, Fernandes apareceu em um vídeo com uma blusa do Brasil, afirmando que estava “arrepiado” com a invasão e ainda criticou a polícia local por ter disparado bombas de gás lacrimogêneo contra os golpistas. Além disso, o general também já usou as redes socias para defender um golpe de Estado e disse que “morreria e mataria” pelo Brasil.
A relação de Ridauto com o ex-assessor de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, também é próxima, ao ponto de o general visitar o tenente-coronel na cadeia.
“Quando vi que ele passava por esse momento difícil [por causa da prisão], fui logo procurá-lo para ver se poderia ajudar em algo, especialmente em temas familiares ou mesmo discussão do caso que vivia, para aclarar os pensamentos. Foi ótima a visita, motivante para ambos”, disse em entrevista à Folha de São Paulo.
A ação da PF marca o início da 18ª fase da Operação Lesa Pátria e Ridauto entrou no alvo por ter sido apontado como executor e possivelmente um dos idealizadores dos atos terroristas do 8 de janeiro.
Sobre a Operação Lesa Pátria, a Polícia Federal disse que apura valores dos danos causados ao patrimônio público no dia 8 de janeiro, que podem chegar a R$ 40 milhões. "Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido", afirmou em nota.
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