O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, criticou a fala de defesa do advogado de Thiago de Assis Mathar, produtor rural condenado por atos do 8/1. Segundo Moraes, o advogado atuou de forma "patética e medíocre".
“É patético e medíocre um advogado subir à tribuna do STF com um discurso de ódio, um discurso para postar nas redes sociais, que veio agredir o Supremo, talvez, pretendendo ser vereador do seu município”, disparou o ministro.
“Um discursinho para postar nas redes sociais. Isso é muito triste. Os alunos que aqui se encontram tiveram uma aula do que não deve ser feito na tribuna do STF”, afirmou Moraes.
O ministro ainda apontou que o advogado quis fazer uma média "com os patriotas" e ainda citou erro no texto dele. “Só é mais triste porque ainda confundiu O Príncipe, de Maquiavel, com O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, que são obras que não têm nada a ver”.
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Assista:
Condenado
O produtor rural Thiago de Assis Mathar, de 43 anos, é o segundo condenado pelos ministros do STF por ter participado dos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, em Brasília. Os ministros da Suprema Corte formaram maioria pela condenação de Thiago na tarde desta quinta-feira (14/9).
Mathar é natural de Votuporanga, em São Paulo, e atua como produtor rural. Ao todo, ele é condenado por cinco crimes: golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.
Ele viajou para Brasília após ser convidado por extremistas que estavam acampados no quartel de São José do Rio Preto a participar de uma viagem de ônibus até a capital federal.
Segundo a Procuradoria Geral da República (PFR), Mathar "confessou as suas intenções golpistas, ao afirmar que veio a Brasília ‘para participar da manifestação de apoio às Forças Armadas'".
O produtor rural alegou que entrou no Palácio após perceber que outros indivíduos estavam alterados, e tnetou evitar a "quebradeira". A defesa dele sustentou o argumento e afirmou que o cliente não depredou prédio público e entrou no Palácio apenas para se abrigar.