O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cid, confidenciou à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro consultou militares sobre prender oponentes e convocar novas eleições, após perder o segundo turno em 2022.
De acordo com o portal UOL, Mauro Cid explicou à Polícia Federal que Bolsonaro recebeu uma minuta de decreto para o golpe das mãos do assessor Filipe Martins.
Comandante da Marinha apoiou proposta de golpe, diz Cid
O ex-presidente levou a minuta para militares de alta patente avaliarem os argumentos. O então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, foi favorável ao golpe, segundo Mauro Cid, mas não obteve apoio dos demais colegas do Alto Comando das Forças Armadas.
Mauro Cid afirmou à Polícia Federal que testemunhou a reunião em que Filipe Martins entregou a minuta de golpe, bem como a reunião entre Jair Bolsonaro e os militares.
Delação homologada
A delação de Mauro Cid foi homologada no Supremo Tribunal Federal pelo ministro Alexandre de Moraes. Uma das suspeitas dos investigadores é de que essas articulações possam ter levado aos atos golpistas do 8 de Janeiro.
Agora, as investigações continuam e os policiais farão diligências para tentar confirmar as alegações de Cid. Ele também poderá ser convocado para novos depoimentos, a fim de sanar dúvidas dos investigadores.
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