O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, afirmou, nesta terça-feira (23/7), “que tome um chá de camomila” quem se assustou com a declaração dele de que ocorrerá um “banho de sangue” caso perca as eleições no próximo domingo (28/7). A manifestação do venezuelano faz referência indireta ao comentário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disse estar assustado com a afirmação.
“Fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que, se ele perder as eleições, vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto, não de sangue. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica, quando você perde, você vai embora. Vai embora e se prepara para disputar outra eleição”, disse Lula.
Sem citar Lula, Maduro comentou que prevê para “aqueles que se assustaram” que ele terá a maior vitória eleitoral da história.
Em relação ao “banho de sangue”, o presidente Venezuela afirmou que não mentiu, mas, sim, realizou uma reflexão.
O “banho de sangue” é referente ao “Caracazo”, um levante social que aconteceu em fevereiro de 1989 e deixou milhares de mortos, conforme denúncias, porém o balanço oficial aponta para cerca de 300 mortes.
“Eu disse que se, negado e transmutado, a direita extremista (…) chegasse ao poder político na Venezuela, haveria um banho de sangue. E não é que eu esteja inventando, é que já vivemos um banho de sangue”, disse Maduro.
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