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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Polícia Federal Apreende Helicóptero de Organização Criminosa

Nota a Imprensa 089-2013-(Operacao-Abdalonimo-Apreensao de Helicoptero)-Foto-04A Polícia Federal em Pernambuco através da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros apreendeu ontem, dia 15.09.2013 por volta das 14:00 no Aeroporto Internacional dos Guararapes – Gilberto Freyre um Helicóptero Esquilo no valor estimado de R$ 2.000,000,00 (dois milhões) de reais.
A apreensão se deu no momento em que o piloto e o proprietário da aeronave que vinham da Paraíba com destino à Maceió/AL pararam para realizar o seu reabastecimento e ao apresentar o plano de voo para seguir viagem foram impedidos de retornar em virtude de funcionários da Sala de Tráfego Aéreo-AIS e INFRAERO constatarem que havia um alerta de apreensão do helicóptero motivado por uma operação desenvolvida pela Polícia Federal no estado de Alagoas. Policiais Federais de Recife/PE foram acionados e compareceram até o local onde procederam a apreensão da respectiva aeronave a qual permanecerá no Hangar da SDS-Secretaria de Defesa Social, até seu transporte durante a semana para o Aeroporto de Maceió/AL.
ENTENDA A OPERAÇÃO:
A Polícia Federal de Maceió/AL deflagrou no dia 15.08.2013 com apoio da Receita Federal a “Operação Abdalônimo” visando desarticular um esquema de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica existente naquele estado e que era liderado por um empresário, que se notabilizou pela sua incrível evolução patrimonial. Na época foram cumpridos 4 mandados de prisão, 24 de busca e apreensão e 8 de condução coercitiva por 70 (setenta) policiais federais e outros 25 (vinte e cinco) servidores da Receita Federal.
A Receita Federal havia identificado que tal empresário não havia declarado renda condizente com sua evolução patrimonial. As investigações evoluíram por parte da PF e descobriu-se que o suspeito se utilizava de subterfúgios criminosos, tais como a falsificação de documentos, criação de empresas de faixada e a ocultação de bens, mediante a utilização de terceiras pessoas, ou “laranjas”. A quadrilha também usava de ‘fraude de execução’, um artifício usado para não pagar credores. Na prática é uma espécie de decretação de falência. Depois de abrir a empresa o empresário era excluído do quadro social para abertura de nova empresa e alegava que os bens da qual se afastou não eram mais seus.
As investigações descobriram sonegação de impostos em empresas de diversos ramos, como o de concessionárias de veículos e de vestuário. Mais de 20 (vinte) empresas participavam do esquema que envolvia ‘laranjas’ e membros de uma mesma família. Eles tinham helicóptero, carros de luxo, avião e até fazendas adquiridas a partir desse enriquecimento ilícito. A influência da riqueza do empresário acusado de participar do esquema que teria movimentado cerca de R$ 300 milhões, era tão grande que chegava a emprestar seu helicóptero para políticos e desembargadores do estado. Nas últimas eleições, também apoiou a candidatura de alguns políticos em Anadia, município onde seus pais nasceram.
(O nome dado à operação, remete à antiga Macedônia, onde um homem pobre, que tinha este nome, foi indicado por Alexandre, O Grande, para ser rei, passando abruptamente da pobreza à riqueza). Com informações Blog Agreste Violento.
Blog: O Povo com a Notícia