O senador Aécio Neves (PSDB) reafirmou, em entrevista publicada neste domingo (09) pelo jornal O Globo, que não irá abdicar do papel de oposição e que o PT enfrentará “oposição conectada com a sociedade”. O ex-presidenciável tucano, que obteve 51 milhões de votos no 2º turno, diz que vai ser oposição vigilante e fiscalizadora para que os escândalos não sejam “varridos para debaixo do tapete” e afirmou que os brasileiros não podem confundir o PSDB com movimentos “nostálgicos” que pedem a volta do regime militar.
“O que houve foi a utilização de movimentos da sociedade por uma minoria nostálgica que nada tem a ver conosco e com nossa história. A agenda conservadora, antidemocrática, totalitária, é a do PT. Esse documento do PT, lançado depois das eleições, é muito grave. Fala no cerceamento da liberdade da imprensa, de um projeto hegemônico de país, sem alternância de poder. Fala de uma democracia direta que, de alguma forma, suplantaria ou diminuiria a participação do Congresso na definição das políticas públicas”, disse.
Segundo o senador, na campanha do avô Tancredo Neves, em 1984, surgiu um movimento que pregaram uns cartazes em Brasília com o símbolo do comunismo. Segundo o político era um movimento da direita mais radical para dizer que o ex-presiente era comunista. “Teve um momento, Tancredo disse: ‘Olha, para a esquerda não adianta me empurrar que eu não vou’. Ele era um homem de centro. E, agora, eu digo: ‘Para a direita não adianta me empurrar que eu não vou’.
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