O governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou em entrevista nessa quinta-feira (27) que seu partido não será “oposição pela oposição” ao governo Dilma Rousseff (PT) e que há a possibilidade de a legenda voltar a apoiar Marina Silva (PSB/Rede) em 2018. As declarações de Câmara foram feitas no mesmo dia em que foi realizada a reunião da Executiva Nacional do PSB.
O socialista usou um neologismo para definir quais serão as decisões tomadas pelo PSB no pleito de 2018 ao dizer que isso é um exercício muito grande de “futurologia”, mas que há a possibilidade de uma reedição da parceria entre a ambientalista e a sigla: “É um exercício muito grande de futurologia, mas nós temos muitas convergências com Marina. Ela contribuiu muito com o partido desde que se filiou e tem o respeito de todos nós”.
Paulo disse também que os membros do PSB respeitam a decisão de Marina Silva, que deve deixar a legenda assim que o registro de sua agremiação política, a Rede Sustentabilidade, for aprovado.
Perguntado sobre como anda a relação entre Marina e o atual presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, Paulo afirmou que as diferenças entre os dois já foram resolvidas e que o partido está unido.
Siqueira era um dos que não concordavam que Marina assumisse a “cabeça” da chapa do PSB na candidatura à Presidência da República. Na época, o deputado deixou o cargo que ocupava na coordenação da campanha quando Marina foi confirmada como o nome do PSB para substituir Eduardo Campos na disputa pelo Planalto.
A ex-senadora petista era vice na chapa que tinha o ex-governador de Pernambuco como candidato e assumiu o posto principal depois que então presidente do PSB morreu em um trágico acidente aéreo, quando cumpria agendas de campanha em Santos, no litoral de São Paulo, no último dia 13 de agosto.
“O pós-eleição serve para reflexão e para conversar, por as questões em ordem. Isso já foi devidamente feito e o partido está unido, Carlos Siqueira deixou devidamente claro que ela permanecerá respeitada e ouvida, caso deseje ficar no partido” , pontuou Paulo Câmara. (Jamildo)
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