A presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) sofre pressões dentro do seu próprio partido por causa de nomeações em ministérios no seu segundo mandato, que se inicia a partir de janeiro de 2015. Os diretórios do PT no Nordeste exigem mais representatividade da sigla na Esplanada dos Ministérios e os pernambucanos são os mais incisivos nas cobranças.
Apesar de ter ventilado o nome de Jacques Wagner, ex-governador da Bahia, os petistas nordestinos ainda não se satisfazem e argumentam que “O Nordeste não é só a Bahia”. Os que mais endossam o coro são os correligionários de Pernambuco, duramente derrotados pelo PSB nas eleições de 2014.
De acordo com a coluna de Ilimar Franco, publicada na versão online do jornal O Globo deste domingo (30), as queixas não foram levadas diretamente à Dilma, mas a preocupação foi revelada ao ex-presidente Lula (PT).
Rui Falcão, presidente nacional da sigla, também já foi informado das reclamações, mas evita sofrer mais pressões, lamentando-se com os colegas de partido que não está sendo consultado pela presidente sobre esses assuntos: “A (presidente) Dilma vai unir o Brasil. Ganhou as eleições pelo PT e vai governar com o Ministério do Aécio (Neves)”, declarou Rui Falcão.
Desde 2006, a região Nordeste tem se apresentado como espaço estratégico para as eleições do PT, tornado-se “curral eleitoral” do partido. No pleito de 2014, a presidente Dilma Rousseff venceu o adversário Aécio Neves (PSDB) em todos os estados nordestinos no segundo turno e esse é um dos argumentos usados pelos diretórios regionais para cobrar mais protagonismo da região no governo federal. (Jamildo)
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