As contas de energia estarão mais caras a partir de 1º de janeiro no Brasil, com exceção para os estados do Amazonas, Amapá e Roraima, que não integram o Sistema Interligado Nacional (SIN). O custo adicional será de R$ 3,00 a cada 100 quilowatts-hora consumidos e é consequência da situação dos reservatórios onde é gerada a eletricidade.
Com o reajuste, as distribuidoras de energia deverão arrecadar cerca de R$ 800 milhões extras em janeiro, com a bandeira vermelha anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O sistema de bandeiras tarifárias funciona como sinais de trânsito. As cores verde, amarela e vermelha indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade, para os quatro subsistemas do Sistema Interligado Nacional. Ao longo de 2014, a Aneel testou o sistema de bandeiras, mas ainda sem a cobrança das tarifas. A bandeira permaneceu vermelha em todo o Brasil durante o ano, exceto no submercado Sul em julho, refletindo a falta de chuvas e acúmulo de água nos reservatórios.
A bandeira amarela significa “condições de geração menos favoráveis”, com acréscimo de R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. A estimativa é que, se todo o país estiver com a bandeira amarela, a receita extra chegue a R$ 400 milhões. A bandeira verde significa que as condições de geração de energia são favoráveis e não implica acréscimo na tarifa.
Na semana passada, o diretor da Aneel, André Pepitone, ponderou que a cobrança da bandeira tarifária não significará, na prática, custos extras para os consumidores, uma vez que ela antecipará e diluirá no tempo efeitos que já ocorreriam no reajuste tarifário anual. (O Globo)
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