Apesar de sempre enaltecer o desenvolvimento econômico de Pernambuco, o governador eleito Paulo Câmara (PSB) disse que não encontrará “um Estado fácil” no próximo ano. Em entrevista à Folha de Pernambuco e ao Blog da Folha, o socialista confessou que “as coisas sempre foram apertadas”.
“Nós vamos começar 2015 sem nenhum tipo de projeção, não tem ninguém que está se arriscando a dizer exatamente o que vai acontecer. Há realmente uma instabilidade, uma incerteza. Isso vai levar a um planejamento muito mais bem feito do que normalmente é”, explicou Câmara, que foi secretário da Fazenda do Estado no governo de Eduardo Campos.
Segundo o socialista, a falta de recursos também foi um dos empecilhos para o término de algumas obras que foram prometidas para este ano. “Um dos problemas desse ano é que o repasse ainda não foi assinado. Então isso gera uma instabilidade que você não sabe com o que vai contar de recursos”, disse.
“O que está em andamento nós vamos cobrar do Governo Federal. Óbvio que já são obras contratualizadas, mas a gente tem que ir junto ao Governo Federal para investir. Vamos dar início às obras que as nossas condições financeiras permitirem, que vão ser muitas. E vamos fazer projetos, com o projeto é que a gente sabe o custo e com os projetos é que a gente vai buscar as alternativas de financiamento”, completou.
De acordo com o futuro gestor, mesmo com as dificuldades financeiras é possível realizar o que foi prometido durante a campanha eleitoral. Entre as promessas de Câmara estão o aumento do salário dos professores e de investimento.
“A gente vai fazer o dever de casa também. Vamos fazer os ajustes nas áreas que podem ser ajustadas. Foi mostrado nos últimos anos que é sempre possível economizar. Eu tenho compromisso com os próximos quatro anos. Vou preparar, no primeiro ano, os alicerces para que a gente possa concluir tudo nos próximos seis anos”, explicou o socialista. (Folha PE)
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