Por Amanda Miranda, repórter do NE10
O deputado federal João Paulo (PT) não é o único parlamentar pernambucano que está se despedindo do Congresso Nacional com aumento em milhares de reais a cota a que tem direito para despesas como passagens aéreas e telefonia. Dos outros nove que não assumirão novamente em fevereiro, sete também tiveram crescimento da cota parlamentar nos últimos meses. Entre eles, cinco aumentaram o uso para divulgação em outubro e novembro, logo após o período eleitoral. No total, Pernambuco tem 25 deputados federais.
O destaque na lista vai para Raul Henry (PMDB), eleito vice-governador de Pernambuco este ano. Embora tenha economizado em dezembro, em novembro o peemedebista gastou R$ 50.250 com divulgação da atividade parlamentar. No mesmo mês, Roberto Teixeira (PP) destinou R$ 50.076,00 para a mesma área. Vilalba (PP) desembolsou R$ 30 mil em outubro.
Com despesas relativamente contidas desde julho, a cota de Paulo Rubem Santiago (PDT), candidato a vice governador na chapa do futuro ministro Armando Monteiro Neto (PTB), deu um salto em novembro. Com R$ 61 mil revertidos à divulgação da atividade parlamentar, atingiu R$ 68.564,67 de gastos.
Fernando Ferro (PT) fez o mesmo. No último mês frequentando a Casa onde esteve por cinco mandatos, o petista gastou R$ 33 mil com divulgação parlamentar, o que fez a sua cotar passar de R$ 10.872,31 em novembro para R$ 36.224,68 em dezembro. O mesmo valor já havia tido o mesmo destino em outubro. Em setembro, comprou R$ 26.328,54 em passagens aéreas.
No sentido inverso, Pedro Eugênio (PT) diminuiu. Apesar de o petista ter passado de R$ 22.338,69 para R$ 33.672,51 gastos registrados entre setembro e outubro, mês das eleições, vem diminuindo esse valor. Em dezembro, foi de R$ 8.801,14, dos quais R$ 5.9 mil foram destinados a uma consultoria.
O deputado que menos gastou em dezembro foi José Augusto Maia (Pros), que desembolsou R$ 162,75 para telefonia. Porém, em outubro registrou R$ 50 mil destinados à divulgação da atividade parlamentar.
DOIS CASOS - Embora não tenha sido reeleito, Augusto Coutinho (SD) voltará à Câmara dos Deputados em fevereiro como suplente, depois que o secretariado do governador eleito Paulo Câmara (PSB) deixou vagas quatro cadeiras. Em dezembro, Augusto Coutinho gastou apenas R$ 1.153,78, principalmente com serviços postais, telefonia e combustíveis. Entretanto, no mês anterior, bateu recorde desde julho, com despesas de R$ 84.274,88, sendo quase R$ 40 mil declarada como divulgação de atividade e mais de R$ 28 mil para consultoria técnica.
Ao contrário, Carlos Eduardo Cadoca (PC do B), outro que voltará à Casa como suplente por causa dos espaços deixados pelo secretariado em Pernambuco, vem registrando suas despesas em decréscimo desde setembro. Naquele mês foi de R$ 29.002,24, valor que diminuiu até chegar aos R$ 944,78 gastos em dezembro, este mês prioritariamente com o pagamento de combustível, alimentação e telefonia.
Todos os dados estão abertos no site da Câmara dos Deputados.
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