A maior parte dos carros recuperados foram roubados em São Paulo ou no Distrito Federal e, em seguida, vendidos em pequenas cidades do Piauí e da Bahia. Os veículos eram comercializados por cerca de 20% do preço habitual.
Levantamento prévio da própria Polícia Rodoviária Federal constatou a presença de diversos veículos com placas de outros Estados circulando nos locais da operação. Em trabalho reservado, a PRF constatou que constava restrição para roubo ou furto de alguns desses carros.
Em entrevista ao Notícia da Manhã desta segunda-feira (22), o inspetor Fabrício Loiola deu detalhes sobre a operação, que abrangeu cerca de 50 municípios piauienses e baianos e envolveu 121 policiais. De acordo com ele, usando caminhos secundários, conhecidos como cabriteiras, para chegar às cidades do interior do Piauí e da Bahia, os veículos eram comercializados em estabelecimentos, feiras livres e por atravessadores.
"A operação é fruto da investigação e da perícia da Polícia Rodoviária Federal e de levantamento no nosso Serviço de Inteligência. As pessoas presas prestaram esclarecimento nas delegacias do interior. Algumas foram liberadas e outras permaneceram presas", explicou o inspetor da PRF.
Presas de posse dos veículos roubados ou adulterados, as pessoas detidas poderão responder por receptação e adulteração de sinais identificadores de veículos automotores.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, em alguns casos os responsáveis pelo comércio ilegal já não se preocupavam em adulterar os veículos, vendendo os carros sem placas ou ainda com as placas originais dos veículo roubados ou furtados.
Veículos recuperados
Levantamento da Polícia Rodoviária Federal concluiu que, dos 163 veículos recuperados, 99 eram frutos de roubo ou furto. Os outros 64 sofreram adulteração. Eles serão removidos para Teresina e Salvador, passarão por procedimento pericial e, depois disso, deverão ser devolvidos aos proprietários.(Flávio Meireles)
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