Recife,
manhã de sábado (23). A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, durante uma
coletiva de imprensa, afirmou que ações seriam feitas para evitar novas fugas
na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, cujo muro foi destruído e 53
presos escaparam. O que o secretário da pasta, Pedro Eurico, não contava era
que uma nova fuga, praticamente nos mesmos moldes da primeira (tudo em menos de
uma semana), evidenciou as fragilidades do sistema prisional pernambucano.
Na coletiva, o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho,
afirmou que a Polícia Militar iria manter a vigilância constante na ilha por
quanto tempo fosse preciso. “Além dos bloqueios nas pontes, estamos vigiando
qualquer lugar que possa servir de porto clandestino para a fuga desses
detentos", afirmou.
Já o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico,
afirmou que, para evitar novas fugas na Barreto Campelo, uma licitação foi
imitada em caráter de emergência para a melhoria da segurança na unidade
prisional. “Uma área de 70 metros ao redor do presídio está sendo limpa e vamos
instalar refletores ao longo do muro do presídio. Uma cerca está sendo
instalada para delimitar um campo de fogo entre a mata e o prédio. Qualquer
pessoa que invadir esse espaço pode ser alvejada”, alertou. O orçamento está
previsto em R$ 2 milhões e foi liberado pelo Tesouro Nacional. As obras devem
durar cerca de 5 meses.
Por conta da fuga em massa em Itamaracá, o gerente da unidade
prisional, João Fernandes Cavalcanti de Barros, foi afastado de suas funções de
maneira preventiva. “Existe uma investigação em curso e por isso tomamos essa
medida. Se nada for identificado, eu posso até mesmo tornar nulo esse
afastamento”, garantiu Pedro Eurico. Já Alessandro Carvalho afirmou que o
comandante do Batalhão de Polícia de Guarda da Barreto Campelo, o
tenente-coronel Monteiro, também foi afastado. “Não foi identificada má-fé, mas
uma fuga de 53 presos merece uma resposta à altura. Já observamos falhas na
forma que a vigia estava sendo executada, como dois policiais ocuparem a mesma guarita,
quando deveriam estar separados”, explicou o secretário, que também terá que
preparar uma "resposta à altura" das duas ações que aconteceram
apenas este mês. (Via: JC)
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