Dilma terá que devolver assessores. Esta decisão foi divulgada pelo O
globo, na manhã deste sábado (11). O governo do presidente interino, Michel
Temer, vai dar um prazo para a presidente afastada, Dilma Rousseff, devolver
cerca de 20 dos assessores que pediu ao ser afastada do mandato.
A petista será notificada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
sobre a decisão da Casa Civil, que emitiu um parecer na sexta-feira da semana
passada restringindo as prerrogativas da presidente afastada. E caso não
exonere alguns de seus auxiliares “num prazo razoável”, a Casa Civil irá
demitir assessores de Dilma para reaver esses cargos.
Conforme O Globo, o governo do presidente interino ficou incomodado com
o fato de Dilma ter montado uma equipe com cerca de 35 auxiliares, entre altos
cargos de confiança e ajudantes de ordem, e limitou esse número em 15. Um
exemplo citado por um técnico da Casa Civil é que no gabinete da Presidência só
havia um cargo de Natureza Especial (o topo da hierarquia do funcionalismo) e
este foi levado por Dilma. Essas funções estariam fazendo falta na atual
gestão, segundo uma fonte palaciana.
O principal assessor de Dilma, Giles Azevedo, teve sua situação ajustada
apenas na noite de sexta-feira, quando a Casa Civil deu a ele uma função DAS 5
para seguir trabalhando com a petista. O braço direito da presidente afastada
estava num limbo jurídico desde que o Senado confirmou seu afastamento, há um
mês. Ele era secretário-executivo do ministério da Chefia de Gabinete de Dilma,
pasta extinta por Temer.
Apesar da irritação com os privilégios de Dilma, por enquanto, está
mantida a estrutura de funcionários no Palácio da Alvorada. Segundo o governo,
são 120 servidores apenas para manter o dia a dia do Alvorada, como
cozinheiros. Há ainda o médico da Presidência e seguranças. Ao todo, são cerca
de 160 pessoas.
Conforme O GLOBO antecipou, a Casa Civil regulamentou as prerrogativas a
que Dilma teria direito após seu afastamento. Entre as decisões, limitou o uso
de aeronaves da Força Aérea Brasileira ao trajeto de Brasília a Porto Alegre,
onde Dilma tem família, frustrando os planos que a petista tinha de participar
de eventos Brasil afora, disseminando o discurso de que sofreu um golpe e que o
governo Temer é ilegítimo. Na sexta-feira, Dilma ingressou com uma ação na
Justiça Federal pedindo o fim da proibição. O pedido corre sob sigilo e foi
registrado na 6ª Vara Federal de Porto Alegre.
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