Dois
meses após a assinatura de um decreto pelo presidente interino Michel Temer que
determinava que a Força Aérea Brasileira (FAB) mantivesse um avião em solo para
qualquer chamado de transplante de órgãos, o número de doações aumentou seis
vezes. Segundo o Ministério da Saúde, antes de 7 de junho, cinco órgãos tinham
sido transportados pela FAB e, após o decreto, foram mais 30.
O governo editou o decreto após uma reportagem revelar que 153
órgãos foram perdidos por recusa da FAB que, no mesmo período, atendeu a 716
requisições de transporte de ministros e presidentes do Supremo, Senado e da
Câmara. Em agenda pública nesta segunda-feira no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, o
ministro da Saúde, Ricardo Barros, comemorou:“Não medimos esforços para
continuar as ações que garantem a realização de transplantes”, afirmou.
O ministro foi ao Incor para comemorar os mil pacientes
transplantados no instituto desde 1985, quando o programa do hospital começou.
Em levantamento do ano passado, o Ministério da Saúde afirmou que mais de 95%
dos procedimentos no Brasil são financiados pelo Sistema Único de Saúde, o que
tornaria o SUS o maior sistema público de transplantes do mundo.
O hospital recebe verbas de convênios assinados entre o Incor e
o Ministério, com recursos de emendas parlamentares, além de recursos
destinados ao Fundo Estadual de Saúde de São Paulo mensalmente. De 2010 a 2016,
segundo o Ministério da Saúde, foram repassados R$ 680,9 milhões ao Incor. (Via: O Globo)
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