O Senado concluiu o julgamento do
impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e decidiu pelo afastamento
definitivo da petista por 61 votos favoráveis e 20 contrários. Os três
senadores baianos Otto Alencar (PSD), Roberto Muniz (PP) e Lídice da Mata (PSB)
votaram contra o impedimento de Dilma, que foi eleita para o maior cargo do
Executivo em 2014 com 54 milhões de votos em um segundo turno disputado contra
o senador Aécio Neves (PSDB).
A petista passou a ser acusada de estelionato eleitoral, por
prometer uma coisa durante a campanha de 2014 e fazer outra em seu segundo
mandato. Posteriormente, a Câmara dos Deputados abriu processo acusando Dilma
de pedaladas fiscais e usou a rejeição das contas do ano de 2014 pelo Tribunal
de Contas da União como argumento para a acusação do crime de responsabilidade
fiscal.
Também integrou o processo a acusação de que a agora
ex-presidente publicou decretos abrindo crédito suplementar sem a autorização
do Congresso Nacional.
Dilma entra para a história como a segunda presidente da
República que perde o mandato por meio de impeachment e sua saída representa o
fim do ciclo do PT no poder nacional. Em 1992, o agora senador Fernando Collor
de Mello foi afastado da Presidência após casos de corrupção.
Após tramitação durante nove meses no Congresso Nacional, o
processo teve os últimos seis dias como cruciais, quando ocorreu o julgamento
no Senado.
No dia 25, na primeira sessão, os senadores aliados de Dilma
pediram a suspensão do julgamento, alegando falta de sustentação jurídica das
denúncias. No comando dos trabalhos, o presidente do STF, ministro Ricardo
Lewandowski, rejeitou todas as questões de ordem.
No dia 26, segundo dia, o Senado ouviu o economista Luiz
Gonzaga Belluzo, o jurista Geraldo Prado e o ex-secretário-executivo do
Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa, que negaram a existência de crime de
responsabilidade por parte da petista.
No dia 27, terceiro dia, o ex-ministro do Planejamento no
governo Dilma, Nelson Barbosa, e o jurista Ricardo Lodi também defenderam a
ex-presidente.
No dia 29, quarto dia, o Senado ouviu Dilma Rousseff, que fez
a defesa do seu mandato presidencial.
No dia 30, os senadores tiveram 10 minutos cada um para
exporem seus argumentos contra ou a favor do impeachment.
Dia 31, o Senado aprovou o afastamento definitivo da petista
eleita em 2014 para seu segundo mandato. (Via: Bocão News)
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