Os senadores começam a se preparar para enfrentar uma maratona de, pelo
menos, seis dias para julgar definitivamente a presidente afastada, Dilma
Rousseff, em seu processo de impeachment. A fase final começará nesta
quinta-feira (25), e ela será ouvida pelos parlamentares e responderá a
questionamentos na segunda, dia (29).
Esta última etapa do processo será comandada pelo presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e começará com a apresentação de
"questões de ordem", que são pedidos feitos por senadores sobre o
trâmite do processo. Em seguida, ainda na quinta, será feita a oitiva das duas
testemunhas de acusação: Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério
Público junto ao TCU, e Antonio Carlos Carvalho, auditor federal de Controle
Externo do TCU.
Na sexta (26), serão ouvidas as seis testemunhas de defesa: Luiz Gonzaga
Belluzzo, doutor em economia pela Unicamp; Geraldo Luiz Mascarenhas Prado,
consultor jurídico; Nelson Barbosa, ex-ministro do Planejamento e da Fazenda;
Esther Dweck, ex-secretária de Orçamento Federal; Luiz Cláudio Costa,
ex-secretário-executivo do Ministério da Educação; e Ricardo Lodi, advogado e
doutor em direito tributário.
As testemunhas ficarão isoladas em um hotel de Brasília, sem acesso a
internet e celular. As diárias serão pagas pelo Senado.
Os parlamentares da base aliada combinaram que apenas os líderes
partidários farão perguntas para elas. A ideia é acelerar os depoimentos e
evitar que a Casa trabalhe no fim de semana.
Os senadores da base, no entanto, não conseguiram chegar a um acordo ainda
sobre como procederão na próxima segunda (29), quando Dilma apresentará sua
defesa pessoalmente. Neste dia, a sessão está marcada para começar às 9h.
Como perguntas repetidas não poderão ser feitas, segundo regra definida
por Lewandowski, aliados de Temer combinaram questionamentos entre eles. O
ministro e os advogados de cada lado também poderão perguntar.
Na terça (30), cada senador terá 10 minutos para discursar. Em seguida,
o presidente da sessão, ministro Ricardo Lewandowski, apresenta um resumo da
acusação e da defesa.
Finalmente, dois senadores a favor e dois contrários ao impeachment
falarão por até cinco minutos antes da votação, que será aberta, nominal e
eletrônica.
Se o impeachment for confirmado em votação, Dilma será notificada sobre
a decisão e Temer deverá ir ao Congresso para ser empossado. (Via: Folhapress)
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