Afastada da Presidência em 12 de
maio por 55 votos a 22, Dilma Rousseff teve três meses para reverter o placar
que fez dela uma deposição esperando para acontecer. Além de não seduzir nenhum
voto, Dilma conseguiu encolher sua infantaria. Restaram-lhe 21 aliados. O
senador João Alberto (PMDB-MA), cujas posições são guiadas pela vontade de José
Sarney, trocou de lado.
A
tropa de Michel Temer, recebeu quatro novos alistamentos, subindo para 59. Além
do soldado de Sarney, engrossaram o pelotão três senadores que faltaram à
votação de maio: os peemedebistas Eduardo Braga (AM) e Jader Barbalho (PA),
além de Pedro Chaves (PSC-MS), suplente do senador cassado Delcídio Amaral.
Renan Calheiros (PMDB-AL), embora estivesse presente, não quis votar.
Assim,
o parecer redigido por Antonio Anastasia (PSDB-MG), que transformou Dilma em
ré, prevaleceu por
um placar de 59
votos a 21 — prenúncio do que está por vir no
julgamento final. Considerando-se que são necessários apenas 54 votos para que
madame seja enviada mais cedo para casa, o impeachment de Dilma ganhou,
definitivamente, a aparência de jogo jogado. (Via: Blog do Josias de Souza)
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