Na
próxima sexta-feira (26), o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) vai
definir as agendas e os procedimentos para a reavaliação da capacidade de
trabalho dos segurados que recebem algum benefício por incapacidade há mais de
dois anos. O objetivo do governo é cortar em até 30% a despesa mensal com os
benefícios.
O alvo são os segurados que já
estão aptos para alguma atividade profissional e aqueles que tiveram o
benefício concedido pela Justiça, mas que não continua incapaz.
Até quinta-feira (25), o INSS
vai receber as inscrições dos médicos peritos interessados em participar dos
mutirões para avaliar os segurados. Para incentivar a adesão, o governo oferece
aos peritos um bônus de R$ 60 por exame.
Durante a semana, os médicos do
INSS poderão fazer até quatro exames de reavaliação. Se trabalhar aos sábados,
exclusivamente para o pente-fino, a agenda terá 20 exames. Deste modo, por
semana, o perito pode receber até R$ 2.400 de extras com as reavaliações.
Entre os 1,6 milhão de auxílios
pagos atualmente pelo INSS, cerca de 840 mil são pagos há mais de dois anos,
parte deles concedidos por decisão judicial após terem sido negados pelos
peritos do instituto. Segundo o governo, os auxílios-doença, pagos há mais de
dois anos sem nova perícia, consomem R$ 1 bilhão mensalmente dos cofres do
governo. Serão reavaliadas também três milhões de aposentadorias por invalidez,
cujo gasto mensal chega a R$ 3,6 bilhões.
As convocações dos segurados
que deverão passar pela reavaliação começam em setembro. As gerências regionais
do INSS vão definir quais são os postos que abrirão aos sábados.
Blog: O Povo com a Notícia