O secretário estadual de Saúde,
Iran Costa, apresentou, na manhã de hoje, durante reunião do Conselho Nacional
de Secretários de Saúde (Conass), em Brasília, o cenário dos acidentes de moto
em Pernambuco e as ações bem sucedidas do Governo do Estado, que possibilitaram
uma redução de 12,3% nos óbitos em 2015. Apesar da queda nos números, os acidentes
ainda têm um impacto financeiro e social alarmante em todo o País – que exigem
ações efetivas e coordenadas, reunindo municípios, Estados e Governo Federal.
De acordo com o secretário, em 2015, 32.881 condutores de
motos se envolveram em acidentes de trânsito (5,5% a menos que 2014, quando
foram registrados 34.794) e 719 vieram a óbito (uma redução de 12,3% em relação
a 2014, que apresentou 820 registros). Já a taxa de óbitos de acidentes de moto
por 100 mil habitantes também apresentou queda, saindo de 8,8, em 2014, para
7,7 em 2015, um recuo de 12,9%.
Já no primeiro quadrimestre de 2016, o Estado também
registrou uma diminuição no número de motociclistas atendidos em grandes
emergências. No Hospital da Restauração (HR), no Recife, de janeiro a abril de
2016, foram 1.043 atendimento contra 1.329 atendimentos no mesmo período de
2015, uma redução de 22%. No Hospital Regional do Agreste (HRA), em Caruaru,
foram 798 em 2016 e 1.046 em 2015, uma queda de 22,6%.
“Os dados mostram que as ações de fiscalização e educação no
trânsito, como a regulamentação dos veículos ciclomotores, estão ajudando a
salvar vidas. Só a Operação Lei Seca conseguiu aumentar em 10 mil abordagens a
veículos em 2015. Mas precisamos continuar intensificando essas atividades para
aumentar ainda mais a segurança no trânsito. Essas medidas também
possibilitarão diminuir a epidemia de acidentados nos hospitais de trauma do
Estado e a diminuir os gastos do Estado com essa situação”, afirmou o
secretário Iran Costa.
Só em 2015, Pernambuco gastou R$ 917 milhões com os
acidentados, valor que envolve a rede de saúde, previdência e outras áreas. O
quantitativo foi 23% menor que 2014, quando foram utilizados R$ 1,19 bilhão.
Mesmo assim, o secretário avalia que o montante ainda é muito alto. “Com os R$
917 milhões gastos com acidentados de moto poderíamos cuidar dos pacientes com
câncer em Pernambuco durante seis anos ou manter o Hospital da Restauração,
maior emergência do Norte e Nordeste, funcionando durante quatro anos”,
ressalta.
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