O desembargador federal Abel Gomes, da 1ª Turma Especializada do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), negou o pedido de habeas corpus
apresentado nessa segunda-feira (21) pelo advogado Jorge de Oliveira Beja
para a liberação do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. O
ex-governador foi preso preventivamente por ordem da Justiça Federal no Rio de
Janeiro, na manhã de quinta-feira (17), no âmbito da Operação Calicute.
De acordo com o TRF2, no pedido, o advogado argumentou que a prisão
constituiria condenação antecipada de Cabral. Beja destacou ainda que há falta
de justa causa para a prisão e, por isso, caberia a concessão do habeas corpus,
nos termos do Artigo 648 do Código de Processo Penal.
Para o desembargador, o advogado não reuniu documentação necessária para
instruir o pedido e não apresentou relato “concatenado e substancial” para
demonstrar a suposta falta de justa causa para a prisão preventiva. “Além de
não devidamente instruído o presente processo e o aditamento, as demais
questões são teses abstratas que não encontram correspondência nas questões
fáticas ligadas à competência e ao tempo de prisão”, destacou Abel Gomes.
Jorge de Oliveira Beja encaminhou o pedido de habeas corpus, apesar de
não estar entre advogados constituídos pelo réu para sua defesa na ação penal.
Mas, de acordo com o TRF2, o pedido pode ser impetrado por qualquer cidadão em
favor de outro.
Depois de ser detido pela Polícia Federal e de fazer exame de corpo de
delito no Instituto Médico-Legal (IML), Sérgio Cabral foi levado, ainda na
quinta-feira, para o presídio Bangu 8, do Complexo Penitenciário de Gericinó,
na zona oeste do Rio. A prisão ocorreu após a deflagração da operação conjunta
da Polícia Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal
(RF). O ex-governador é suspeito de participar de esquema de desvios de
dinheiro público em obras realizadas pelo governo do estado do Rio de Janeiro. (Via: Agência Brasil)
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