O número de pessoas que apresentam os sintomas de uma doença ainda não
identificada que está assustando os baianos subiu para 18, de acordo com
balanço da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O órgão informou que
mais sete casos foram detectados. A doença provoca fortes dores musculares e
deixa a urina preta. Os primeiros casos da doença foram atendidos em Salvador
entre os dias 02 e 10 de dezembro.
As investigações estão sendo feitas pela Sesab, pela Fundação Oswaldo
Cruz e pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), à cargo do professor e
pesquisador Gúbio Soares, que analisa algumas amostras de material colhido.
Somente na próxima semana o resultado da pesquisa pode ser divulgado.
Ao Estadão, a coordenadora de Vigilância em Saúde, Isabel Guimarães,
explicou que os sanitaristas estão realizando um levantamento aprofundado sobre
os pacientes para detectar pontos comuns que possam indicar a origem do problema.
Até então, a única coincidência é a ingestão do peixe olho-de-boi, ou
arabaiana, na maioria dos casos adquirido em praias do litoral norte da Bahia.
Os sintomas começaram a surgir horas após os pacientes terem comido o peixe.
Inicialmente, a Sesab pensou se tratar de uma doença transmitida por
gotículas, já que os primeiros pacientes pertenciam a uma mesma família, e o
quadro clínico apresentado é compatível com uma variante da Síndrome de Mialgia
Epidêmica, também conhecida como Doença de Bornholm.
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