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Depois de 42 dias, a sentença em
que Sergio Moro condenou Lula a 9 anos e 6 meses de cadeia no caso do tríplex
do Guarujá chegou finalmente ao TRF-4, em Porto Alegre. Se o veredicto for
confirmado ali, Lula será considerado um ficha-suja. E não poderá concorrer à
Presidência. A segunda consequência de uma eventual confirmação da decisão do
juiz da Lava Jato seria a prisão de Lula. Mas essa possibilidade subiu no
telhado.
O encarceramento de condenados a partir de decisões de segunda instância
foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal. A novidade representou uma
reviravolta, porque acabou com o refresco de recorrer em liberdade. Preso, o
condenado mantém intacto o direito de recorrer. Mas o interesse pela
procrastinação dos julgamentos deixou de ser um grande negócio.
A prisão na segunda instância prevaleceu no Supremo pelo magro placar de 6
votos a 5. Há no tribunal duas ações que questionam a decisão — uma do Partido
Ecológico Nacional, outra da OAB. E o ministro Gilmar Mendes, que votou junto
com a ala favorável à tranca, ensaia uma meia-volta. Ele agora é um entusiasta
da política de celas vazias na Lava Jato. Bom para Lula e de todos os
condenados que têm dinheiro para recorrer a instâncias judiciais superiores.
Com sorte, ficam soltos por um bom tempo. Com muita sorte, são premiados com a
prescrição dos crimes.
Blog: O Povo com a Notícia