Pesqueira, no Agreste, será a
próxima cidade beneficiada com a obra
As águas da Transposição do Rio
São Francisco já começam a chegar no município de Arcoverde, Sertão de
Pernambuco, uma das dez cidades beneficiadas pela obra da Adutora do
Moxotó. A água está chegando em regime de pré-operação e, em breve, a
Companhia Pernambucana de Saneamento - Compesa anunciará as melhorias
significativas no abastecimento de água no município, um dos que sofrem
com a escassez de chuvas na região.
Segundo o presidente da Compesa,
Roberto Tavares, a Estação de Tratamento de Água de Arcoverde já está recebendo
140 litros de água por segundo. “Essa fase de testes prosseguirá nos próximos
30 dias, até a regularização operacional do novo sistema”, explicou. O titular
da estatal adiantou ainda, que a expectativa é de que as águas da transposição
comecem a passar a partir da próxima segunda-feira (17) pela Adutora do
Agreste, na junção das duas adutoras, na cidade de Arcoverde, em
direção a Pesqueira, para o início dos testes desse trecho que
beneficiará o município.
A Adutora do Moxotó
foi interligada à Adutora do Agreste, para dar funcionalidade ao
empreendimento mesmo sem a construção do Ramal do Agreste, pelo governo
federal, para beneficiar 400 mil pernambucanos. Ainda ontem (13), em
Brasília, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, aproveitou para
comunicar pessoalmente ao secretário de Infraestrutura Hídrica, em exercício,
Antônio Luitgards, o início da fase de testes da nova adutora. Segundo
Tavares, o objetivo da visita foi explicar os avanços da obra e
também reforçar o pedido de liberação de recursos para finalizar a
obra da Adutora do Agreste. O presidente da Compesa solicitou ao
representante do governo federal atenção especial para garantir a
liberação dos recursos prometidos para o ano 2018 - tendo em vista que, até o
momento, não houve qualquer repasse de verba.
Com a perspectiva de um novo
ano de seca se aproximando, e a urgência de finalização da Adutora do Agreste
dentro deste cenário, o presidente da Compesa saiu do encontro com um
sentimento de esperança quanto a liberação de recursos ainda este ano. “O
governador Paulo Câmara está fazendo a sua parte. Nos pediu alternativas
técnicas para antecipar o uso da Adutora do Agreste mesmo sem o Ramal do
Agreste e assim fizemos”, esclareceu Tavares. Ele reafirmou que a Adutora do
Moxotó representa a capacidade que o Governo de Pernambuco teve de interligar
sistemas e colocar para funcionar, mas que o Estado precisa do aporte de
recursos para continuar o trabalho de interligação de sistemas através da
Adutora do Agreste”, afirmou o presidente da Compesa.
Os 72 mil moradores de
Arcoverde já estão sentindo, no dia a dia, a melhoria no fornecimento de água.
Nessa fase de pré-operação da Adutora do Moxotó no município, está sendo
testado um trecho de dez quilômetros entre a Estação de Tratamento de Arcoverde
(ETA) e Pesqueira. “A ideia é ir testando aos poucos, até chegar a Pesqueira.
Acreditamos que o município de Pesqueira comece também a receber
água pela Adutora do Moxotó até o fim da próxima semana”, informou
Tavares. Ele explicou ainda que, durante esse período de testes,
pode haver paralisações do sistema para conserto de vazamentos,
que são ocorrências normais quando se testa a operação de um novo sistema.
A captação da água da
Transposição do Rio São Francisco ocorre na Barragem do Moxotó, localizada no
distrito de Rio da Barra, em Sertânia. O ponto de encontro das duas adutoras
(Moxotó e Agreste) ocorre na Estação de Tratamento de Água de Arcoverde. Desse
ponto de junção, a água percorrerá 130 quilômetros, passando pelos municípios
de Pesqueira, Venturosa, Pedra, Alagoinha, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó, São
Bento do Una, até chegar a São Caetano, no Agreste.
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