O deputado federal Fernando Rodolfo (PR-PE) assinou e apresentou
hoje (21) projeto de lei que amplia para até oito anos a pena de
reclusão por fazer ingressar ou usar aparelho celular em presídio. A pena é
aumentada em um terço se o crime for praticado por agente penitenciário ou
outro funcionário público. O projeto vai ao exame da Comissão de Segurança
Pública e Combate ao Crime Organizado numa primeira etapa.
Uma das promessas de campanha de Rodolfo, o projeto de lei altera o
artigo 349-A do Código Penal, aumentando a pena de reclusão de três meses a um
ano, como determina o artigo, para cinco a oito anos.
“A inventividade e a prática dos criminosos mostram que o artigo 349-A não foi suficiente para coibir essas ações. Há informes de que até mesmo drones, pombos ou gatos são treinados para introduzir celulares em presídios, afora aqueles entregues por visitantes, funcionários corruptos ou advogados que delinquem”, assinala uma das justificativas do projeto.
O deputado pernambucano enfatiza ser pelo uso do celular que as facções
criminosas são acionadas para prática de diversos e graves crimes, como ocorreu
recentemente no Ceará.
Houve, em janeiro, mais de 150 ataques em Fortaleza e cidades do
interior, de incêndios a ônibus e postos de gasolina a explosões de bancos e
até de viadutos, cometidos justamente pela decisão da Secretaria de
Administração Penitenciária de tornar mais rigorosa a fiscalização do ingresso
de celulares em presídios. “O pânico se instalou de tal forma no Ceará que a
Força Nacional foi requisitada”, lembrou Rodolfo.
“Com o projeto de lei, cada preso flagrado com celular irá responder por mais um crime, podendo continuar detido por mais cinco a oito anos. Será desencorajado, desta forma, de tentar usar o telefone. Acreditamos que, assim, estaremos contribuindo para evitar a proliferação de ações criminosas controladas das cadeias”, enfatizou.
“Enquanto eu for deputado federal, bandido não terá vida fácil”, concluiu Fernando Rodolfo.
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